Jerusalém
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Jerusalém
Jerusalém
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יְרוּשָׁלַיִם
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Oficialmente em Israel أورشليم القدس
(Urshalim-Al-Quds)
Usualmente القـُدْس (Al-Quds) |
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Significado
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Hebraico: "Cidade da Paz"
Árabe: "A Sagrada" |
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Governo
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População
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Jurisdição
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Prefeito
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Website
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Jerusalém (em hebraico: ירושלים, Yerushaláyim;
em árabe: القدس, al-Quds;
em grego: Ιεροσόλυμα,Ierossólyma),
é a capital declarada (mas não reconhecida pela comunidade internacional)
de Israel e
sua maior cidade tanto em população quanto área, com 732 100
residentes em uma área de 125,1 km² ou 49 milhas quadradas (incluindo a
área disputada de Jerusalém Oriental). Localizada nas Montanhas da Judeia, entre o mar mediterrâneo e o norte do Mar Morto, a
Jerusalém moderna tem crescido aos arredores da cidade antiga.
A cidade tem uma história que data do IV milênio A.C.,
tornando-a uma das mais antigas do
mundo. Jerusalém é a cidade santa dos judeus, cristãos e muçulmanos, e
o centro espiritual desde o século X A.C. contém um número de
significativos lugares antigos cristãos, e é considerada a terceira cidade santa no Islão. Apesar
de possuir uma área de apenas 0,9 quilômetros quadrados (0,35 milhas
quadradas), a cidade antiga hospeda os principais pontos religiosos, entre
eles a Esplanada das Mesquitas, o Muro das lamentações, o Santo Sepulcro,
a Cúpula da Rocha e a Mesquita de Al-Aqsa. A cidade antigamente
murada, um patrimônio mundial, tem sido tradicionalmente dividida em quatro
quarteirões, ainda que os nomes usados hoje (os bairros armênio, cristão, judeu e
o muçulmano) foram introduzidos por
volta do século XIX. a Cidade Velha foi indicada para inclusão na lista do patrimônio mundial em perigo pela
Jordânia em 1982. No curso da história, Jerusalém foi destruída duas
vezes, sitiada 23 vezes, atacada 52 vezes, e capturada e recapturada 44 vezes.
Hoje, o estatuto de Jerusalém continua um dos
maiores problemas no Conflito israelo-palestino. Acapital declarada
(mas não reconhecida pela comunidade internacional) do país e sede do
governo é Jerusalém, que é também a residência do presidente da nação,
repartições do governo, suprema corte e o Knesset (parlamento).
A Lei Básica estabelece que
"Jerusalém, completa e unida, é a capital de Israel" apesar de
a Autoridade Palestina ver Jerusalém Oriental como futura capital da
Palestina e as Nações Unidas e a maioria dos países
não aceitarem a Lei Básica, argumentando que o estatuto final deve esperar
futuras negociações entre Israel e a Autoridade Palestina. A maioria dos países
mantém sua embaixada em Tel Aviv,
principal centro financeiro do país. Após
a Resolução 478 do Conselho de
Segurança da ONU, oficializou-se a retirada das embaixadas
estrangeiras de Jerusalém.
Etimologia
Ainda que a origem do nome Yerushalayim seja
incerta, várias interpretações linguísticas têm sido propostas. Alguns
acreditam que é uma combinação das palavras em hebraico "yerusha"
(legado) e "Shalom"
(paz), ou seja, legado da paz. Outros salientam que "Shalom"; é um
cognato do nome hebraico "Shlomo", ou seja, o Rei Salomão, o
construtor do Primeiro Templo. Alternativamente, a segunda parte da palavra
seria Salem (Shalem literalmente
"completo" ou "em harmonia"), um nome recente de
Jerusalém isto aparece no livro de Gênesis. Outros
citam as cartas de Amarna, onde o nome acadiano da cidade aparece
como Urušalim, um cognato do Hebreu Ir Shalem. Alguns acreditam que
há uma conexão a Shalim, a
deidade beneficente conhecida dos mitos ugaríticos como
a personificação do crepúsculo.
De acordo com um midrash (Bereshit Rabá), Abraão veio
até a cidade, e a chamou de Shalem, depois de resgatar Ló. Abraão
perguntou ao rei e ao mais alto sacerdote Melquizedeque se
podiam abençoá-lo. Este encontro foi comemorado por adicionar o
prefixo Yeru (derivado de Yireh, o nome que Abraão deu ao Monte
do Templo) produzindo Yeru-Shalem, significando a "cidade de
Shalem," ou "fundada por Shalem." Shalem significa
"completo" ou "sem defeito. Por isso, "Yerushalayim"
significa a "cidade perfeita", ou "a cidade daquele que é
perfeito". O final -im indica o plural na gramática
hebraica e -ayim a dualidade, possivelmente se referindo ao fato que
a cidade se situa em duas colinas. O pronunciamento da última sílaba
como -ayim parece ser uma modificação posterior, a qual não havia
aparecido no tempo da Septuaginta.
Alguns acreditam que a cidade chamada de Rušalimum ou Urušalimum que
aparece nos achados do Antigo Egito é
a primeira referência a Jerusalém. Os gregos adicionaram o prefixo hiero
("sagrada") e chamaram de Hierosolyma. Para os árabes,
Jerusalém é al-Quds ("A Sagrada"). Foi chamada
de Jebus (Yevus) pelos jebusitas. "Tzion" inicialmente se
referiu a parte da cidade, mas depois passou a significar a cidade como um
todo. Durante o reinado de David, ficou conhecida como Yir David (a
cidade de David).
História
Cerâmicas indicam a ocupação de Ophel,
dentro da atual Jerusalém, desde a Idade do Cobre, ao
redor do Quarto milênio a.C. com evidências de
assentamentos permanentes durante o começo da Idade do Bronze,
3000-2800 A.C. Os Textos de Execração (c. do século XIX A.C.),
que se referem a uma cidade chamada Roshlamem ou Rosh-ramen e
as Cartas de Amarna (c. século XIV A.C.)
podem ser os primeiros a falar da cidade. Alguns arqueólogos,
incluindo Kathleen Kenyon, acreditam que Jerusalém
como cidade foi fundada pelos povos semitas ocidentais com assentamentos
organizados em cerca de 2600 A.C.. Segundo a tradição
judaica, a cidade foi fundada por Shem (Sem, em português,
filho de Noé)
e Éber (bisneto
de Shem), antepassados de Abraão.
Nos contos bíblicos, Jerusalém era uma cidade Jebusita até
o século X A.C., quando David conquistou-a
e fez dela a capital do Reino Unido de Israel e Judá (c.
1000s A.C.). recentes escavações de uma grande estrutura de pedra são
interpretadas por alguns arqueólogos como crédito à narrativa bíblica.
Períodos Templários
Davi reinou até 970 A.C. Ele foi sucedido pelo seu
filho Salomão, que
construiu o Templo Sagrado no Monte Moriá.
O Templo de Salomão (mais tarde conhecido
como o Primeiro Templo), passou a desempenhar um papel central na história judaica como o lugar onde
estava guardada a Arca da Aliança. Ao
longo de mais de 600 anos, até à conquista babilônica, em 587 A.C., Jerusalém
foi a capital política e religiosa dos judeus. Este período é conhecido na
história como o Período do Primeiro Templo. Após
a morte de Salomão (c. 930 A.C.), as dez tribos do norte se uniram para formar
o Reino de Israel. Sob a liderança da Casa de
David e Salomão, Jerusalém continuou a ser a capital do Reino de Judá.
Quando a Assíria conquistou
o Reino de Israel, em 722 A.C., Jerusalém foi fortalecida por um grande afluxo
de refugiados provenientes do norte do reino. O Primeiro Período Templário
acabou cerca de 586 A.C., quando os babilônios conquistaram Judá e Jerusalém, e
devastaram o Templo de Salomão. Em 538 A.C.,
após cinquenta anos do exílio na Babilônia, o xá do Irã Ciro, o Grande convidou
os judeus a regressarem a Judá e Jerusalém e reconstruírem o
Templo. A construção do Segundo Templo de
Salomão foi concluída em 516 A.C., durante o reinado
de Dario, o Grande, setenta anos depois da
destruição do Primeiro Templo. Jerusalém retomou o seu papel de capital de
Judá e centro de culto judaico. Quando o comandante grego Alexandre o Grande conquistou o império persa,
Jerusalém e Judeia caíram sob controle grego, e em seguida sob a dinastia ptolomaica sob Ptolomeu I. Em
198 A.C., Ptolomeu V perdeu Jerusalém e
a Judeia para
o Selêucidas sob Antíoco III. A tentativa Selêucida de
retomar Jerusalém do dominio grego teve sucesso em 168 A.C. com a bem
sucedida revolta macabeia de Matatias,
o Sumo Sacerdote e os seus cinco filhos
contra Antíoco Epifanes, e a criação do Reino Hasmoneus em
152 A.C., novamente com Jerusalém como capital.
Guerras Romano-Judaicas
Conforme o Império Romano se
tornou mais forte, ele colocou Herodes como
um rei cliente. Herodes o Grande, como ele
era conhecido, dedicou-se a desenvolver e embelezar a cidade. Ele construiu
muralhas, torres e palácios, e expandiu o Templo do Monte,
reforçou o pátio com blocos de pedra pesando até cem toneladas. Sob Herodes, a
área do Templo do Monte dobrou de tamanho. Em 6 D.C., a cidade, assim como
grande parte da região ao redor, entrou sob controle direto dos romanos como
na Judeia Herodes
e seus descendentes até Agripa II permaneceram
reis-clientes da Judeia até 96 D.C. O domínio romano sobre Jerusalém e região
começou a ser contestada a partir da primeira guerra judaico-romana, a Grande revolta judaica,
que resultou na destruição do Segundo Templo em 70 D.C. Em 130 D.C. Adriano romanizou
a cidade, e ela foi renomeada para Élia Capitolina. Jerusalém,
mais uma vez serviu como a capital da Judeia durante o período de três anos da
revolta conhecida como a Revolta de Bar Kokhba. Os romanos
conseguiram recapturar a cidade em 135 D.C. e como uma medida punitiva Adriano
proibiu os judeus de entrarem nela. Adriano rebatizou toda a Judeia de Síria Palaestina numa tentativa de
des-judaizar o país. A proibição sobre os judeus entraram em Élia
Capitolina continuou até o século IV D.C.
Nos cinco séculos seguintes à revolta de Bar Kokhba, a
cidade permaneceu sob domínio romano,
até cair sob domínio bizantino. Durante o século IV, o Imperador romano Constantino I construiu
partes católicas em Jerusalém, como a Igreja do Santo Sepulcro. Jerusalém atingiu o
pico em tamanho e população no final do Segundo Período Templário: A cidade se
estendia por dois quilômetros quadrados e tinha uma população de 200 mil
pessoas
A partir de Constantino até o século VII, os judeus foram
proibidos em Jerusalém.
Guerras romano-persas
No período de algumas décadas, Jerusalém trocou de mãos
entre persas e romanos, até voltar à mão dos romanos mais uma vez. Depois, do
avanço do comandante sassânida Cosroes II no
início do século VII sobre os domínios bizantinos,
avançando através da Síria, os generais sassânidas Sharbaraz eSain atacaram
a cidade de Jerusalém (persa:
Dej Houdkh), então controlada pelos bizantinos.
No Cerco de Jerusalém em 614, após passarem
incansáveis 21 dias em estratégia de cerco, Jerusalém foi capturada dos persas
e isso resultou na anexação territorial de Jerusalém. Depois que o
exército Sassânida entrou
em Jerusalém, a sagrada "Vera Cruz"
foi roubada e enviada de volta para acapital sassânida como
uma relíquia sagrada da guerra. A cidade conquistada e a Santa Cruz,
permaneceriam nas mãos dos Sassânidas por mais quinze anos, até o Imperador
bizantino Heráclio recuperá-la
em 629.
Estado islâmico
Em 638, o Califado islâmico alargou
a sua soberania conquistando a cidade de Jerusalém e a província romana
da Palaestina Prima. Neste momento, Jerusalém foi declarada a terceira
cidade mais sagrada do Islã após Meca e Medina, e
referido como al Bait al-Muquddas. Mais tarde, ele era conhecido
como al-Qods al-Sharif. Com a conquista árabe, os
judeus foram autorizados a regressar à cidade. O califa RashidunOmar ibn al-Khattab assinou
um tratado com o patriarca cristão monofisista Sofrônio,
assegurando-lhe que os lugares sagrados cristãos de Jerusalém e a população
cristã seriam protegidos ao abrigo do estado muçulmano. Omar foi conduzido
à Pedra Fundamental no Monte do Templo, no
qual ele claramente recusou, pois se preparava para construir uma mesquita. De
acordo com o bispo gaulês Arculf,
que viveu em Jerusalém a partir de 679 a 688, a Mesquita de Omar era
uma estrutura retangular de madeira construído sobre ruínas que poderia
acomodar 3000 seguidores. O califa Omíada Abd-el-Melek encomendou
a construção da Cúpula da Rocha no
final século VII. O historiador do século X, El Muqadasi,
escreveu que Abd-el-Melek construiu o santuário, a fim de competir na grandeza
das monumentais igrejas de Jerusalém. Durante as quatro próximas centenas
de anos, a proeminência de Jerusalém foi diminuída pelos poderes árabes na
região que brigavam pelo controle da cidade.
Em 1099, Jerusalém foi conquistada pelos Cruzados,
que massacraram a maior parte dos habitantes muçulmanos e os resquícios dos
habitantes judeus. A maioria dos muçulmanos foram expulsos e a maioria dos
habitantes judeus já tinha fugido, no início de junho de 1099, a população de
Jerusalém tinha diminuído de 70.000 para menos de 30.000. Os sobreviventes
judeus foram vendidos na Europa como escravos ou exilados na comunidade judaica
do Egito. Tribos árabes cristãs estabeleceram-se na destruída Cidade Velha
de Jerusalém. Em 1187, a cidade foi arrancada da mão dos Cruzados
por Saladino permitindo
que os judeus e os muçulmanos pudessem voltar e morar na cidade. Em 1244,
Jerusalém foi saqueada pelosTártaros Kharezmian,
que dizimaram a população cristã da cidade e afastou os judeus, alguns dos
quais foram reinstalados em Nablus. Entre
1250 e 1517, Jerusalém foi governado pelos mamelucos,
que impuseram um pesado imposto anual sobre os judeus e destruíram os lugares
sagrados dos cristãos no Monte Sião.
Domínio Otomano
Em 1517, Jerusalém
e região caiu sob domínio Turco Otomano,
que permaneceu no controle até 1917. Como em grande parte do domínio
Otomano, Jerusalém permaneceu um provincial e importante centro religioso, e
não participava da principal rota comercial entre Damasco e Cairo. No
entanto, os turcos muçulmanos trouxeram muitas inovações: sistemas modernos de
correio usado por vários consulados, o uso da roda para modos de transporte;
diligências e carruagens,
o carrinho de mão e a carroça, e
a lanterna a óleo, entre os primeiros sinais de modernização da cidade. Em
meados do século XIX, os otomanos construíram a primeira estrada pavimentada
de Jaffa a
Jerusalém, e em 1892 a ferrovia havia atingido a cidade.
Com a ocupação de Jerusalém por Muhammad Ali do
Egito em 1831, missões e consulados estrangeiros
começaram a se estabelecer na cidade. Em 1836, Ibrahim Paşa permitiu
aos judeus reconstruírem as quatro grandes sinagogas, entre eles a Hurva.
O controle turco foi reinstalado em 1840, mas
muitos egípcios muçulmanos
permaneceram em Jerusalém. Judeus de Argel e da África do Norte começaram a
instalar-se na cidade, em um número cada vez maior. Ao mesmo tempo, os
otomanos construíram curtumes e matadouros perto dos lugares sagrados judeus e
cristãos "para que um mau cheiro, sempre pesteie os
infiéis". Nas décadas de 1840 e 1850, os poderes internacionais
iniciaram um "cabo-de-guerra" na Palestina, uma vez que tentaram
ampliar sua proteção ao longo do país para as minorias religiosas, uma luta
realizada principalmente através de representantes consulares em
Jerusalém. De acordo com o cônsul prussiano, a população em 1845 era de
16.410 habitantes, desses, 7120 judeus, 5.000 muçulmanos, 3390 cristãos, 800
soldados turcos e 100 europeus. O volume de peregrinos cristãos aumentou
sob o domínio dos otomanos, dobrando a população da cidade em torno da época da
Páscoa.
Na década de 1860, novos bairros começaram a surgir fora
dos muros da Cidade Velha para aliviar a intensa superlotação e o pobre
saneamento na cidade intramuros. O Composto Russo e Mishkenot Sha'ananim foram
fundados em 1860.
Mandato Britânico e a Guerra de 1948
Mandato Britânico da Palestina, Guerra civil na Palestina (1947-1948) e Guerra árabe-israelense de 1948
Em 1917 após a Batalha de Jerusalém,
o exército britânico, liderado por General Edmund
Allenby, capturou a cidade. E, em 1922, a Liga das Nações sob a Conferência de Lausanne confiou
ao Reino
Unido a administração da Palestina.
De 1922 a 1948 a população total da cidade passou de
52.000 para 165.000, sendo dois terços de judeus e um terço de árabes
(muçulmanos e cristãos). A situação entre árabes e judeus na Palestina não
foi calma. Em Jerusalém, em especial nos motins ocorridos em 1920 e em 1929.
Sob o domínio britânico, novos subúrbios foram construídos no oeste e na parte
norte da cidade e instituições de ensino superior, como a Universidade Hebraica, foram fundadas.
A medida que o Mandato Britânico da Palestina foi
terminando, o Plano de Partilha das Nações Unidas
de 1947recomendou "a criação de um regime internacional, em
especial na cidade de Jerusalém, constituindo-a como umacorpus separatum no
âmbito da administração das Nações Unidas".O regime
internacional deveria continuar em vigor por um período de dez anos, e seria
realizado um referendo na qual os moradores de Jerusalém iriam votar para
decidir o futuro regime da cidade. No entanto, este plano não foi implementado,
porque a guerra de 1948 eclodiuenquanto os
britânicos retiravam-se da Palestina e Israel declarou sua independência.
A guerra levou ao deslocamento das populações árabe e
judaica na cidade. Os 1.500 residentes do Bairro Judeu da
Cidade Velha foram expulsos e algumas centenas tomados como prisioneiros quando
a Legião Árabe capturou o bairro em 28 de maio. Moradores de vários bairros e
aldeias árabes do oeste da Cidade Velha saíram com a chegada da guerra, mas
alguns permaneceram e foram expulsos ou mortos, como em Lifta ou Deir Yassin.
Divisão e a controversa reunificação
Plano de Partição da Palestina, Jerusalém Oriental e Ocupação da
Cisjordânia e de Jerusalém Oriental pela Jordânia
A guerra terminou com Jerusalém dividida entre Israel e Jordânia (então Cisjordânia).
Segundo o Plano de Partição da Palestina, as áreas de Jerusalém e Belém ficariam sob controle
internacional. O Armistício de 1949 criou uma linha
de cessar-fogo que
atravessava o centro da cidade e à esquerda do Monte Scopuscomo
um exclave israelense.
Arame farpado e barreiras de concreto separaram Jerusalém Oriental e Jerusalém
Ocidental, e caçadores militares
frequentemente ameaçaram o cessar-fogo. Após a criação do Estado de Israel,
Jerusalém foi declarada a sua capital. A Jordânia anexou formalmente Jerusalém
Oriental, em 1950, sujeitando-a à lei jordaniana, em uma atitude que só foi
reconhecido pelo Paquistão.
A Jordânia assumiu o controle dos lugares sagrados na
Cidade Velha. Contrariamente aos termos do acordo, foi negado o acesso dos
israelitas aos locais sagrados judaicos, muitos dos quais foram profanados, e
apenas foi permitido o acesso muito limitado aos locais sagrados
cristãos. Durante este período, a cúpula da Rocha e
a Mesquita de al-Aqsa sofreram grandes renovações.
Durante a Guerra dos Seis Dias em 1967, Israel
ocupou Jerusalém Oriental e afirmou soberania sobre toda a cidade, embora a
ocupação e a posterior anexação do setor oriental da cidade tenham sido
condenadas pelas resoluções 252, 446, 452 e
46586 das Nações Unidas, além de contrariar a Quarta Convenção de Genebra. O
acesso aos lugares sagrados judeus foi restabelecido, enquanto o Monte do Templo permaneceu
sob a jurisdição de um waqf islâmico. O bairro marroquino, que era localizada
adjacente ao Muro das Lamentações, foi desocupado e destruído para abrir
caminho a uma praça para aqueles que visitam o muro. Desde a guerra, Israel tem
expandido as fronteiras da cidade e estabeleceu um "anel" de bairros
judeus em terrenos vagos no leste da Linha Verde.
No entanto, a aquisição de Jerusalém Oriental recebeu
duras com críticas internacionais. Na sequência da aprovação da Lei de Jerusalém, que declarou Jerusalém
"completa e unida", a capital de Israel, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou uma resolução que
declarava a lei "uma violação do direito internacional" e solicitou
que todas as os Estados-membros retirarassem suas embaixadas da cidade.
O status da cidade, e especialmente os seus lugares
sagrados, continuam a ser uma questão central no conflito palestino-israelense.
Colonos judaicos ocuparam lugares históricos e construíram suas casas em terras
confiscadas de palestinos, a fim de expandir a presença judaica na parte
oriental de Jerusalém, enquanto líderes árabes têm insistido que os judeus
não têm qualquer laço histórico com Jerusalém. Os palestinos encaram
Jerusalém Oriental como a capital do futuro Estado palestino, embora
permaneça sob ocupação israelense.
Geografia
Jerusalém está situada no sul de um planalto no Judeia,
que inclui o Monte das Oliveiras (Leste) e o Monte Scopus (Nordeste).
A elevação da Cidade Velha é de aproximadamente 760 metros. A grande Jerusalém
é cercada por vales e leitos de rio secos
(wadis).
Os vales do Cédron, Hinom,
e Tyropoeon se unem em uma área ao
sul da cidade antiga de Jerusalém. O Vale do Cédron segue
para o leste da Cidade Velha e divide o Monte das Oliveiras a partir da cidade
propriamente dita. Ao longo do lado sul da antiga Jerusalém está oVale de Hinom,
uma ravina íngreme
associada com a escatologia cristã bíblica com o conceito
de inferno ou
Geena. O
Vale de Tyropoeon começa na região noroeste próximo ao Portão de Damasco, dirige-se ao sudoeste
através do centro da Cidade Velha para baixo do Reservatório de Siloé, e a parte inferior
é dividida em duas colinas, o Monte do Templo no leste, e o resto da cidade no
oeste (as partes alta e baixa da cidade descrita por Josefo).
Hoje, este vale está escondido por destroços que se acumularam ao longo dos
séculos.
Nos tempos bíblicos, Jerusalém foi cercada por florestas
de amêndoa, azeitona e pinheiros. Ao longo de séculos de guerras e de
negligência, estas florestas foram destruídas. Os agricultores da região de
Jerusalém, então, construíram terraços de pedra ao longo das encostas para
reter o solo, um recurso ainda muito em evidência na paisagem de Jerusalém.
O abastecimento de água sempre foi um grande problema em
Jerusalém, atestada pela intrincada rede de antigos aquedutos, túneis,
reservatórios e cisternas encontrados na cidade.
Jerusalém encontra-se na região central do país, a 60
quilômteros ao leste de Tel Aviv e
do Mar Mediterrâneo. No lado oposto da
cidade, cerca de 35 km100 de
distância, está o Mar
Morto, o corpo de água mais baixo da
Terra. Cidades e vilas vizinhas incluem Belém e Beit Jala para
o sul, Abu Dis eMa'ale Adummim para
o leste, Mevasseret Zion para o oeste,
e Ramallah e Givat Zeev para o norte.
Clima
A cidade é caracterizada por um clima mediterrânico, com verões quentes e
secos, e invernos amenos e chuvosos. Neve cai normalmente uma ou duas vezes ao
inverno, embora a cidade experimente forte neve a cada 3 ou 4 anos em média.
Janeiro é o mês mais frio do ano, com uma temperatura
média de 8 °C, julho e agosto são os meses mais quentes, com temperaturas
médias de 23 °C. As temperaturas variam muito do dia para a noite, e as
noites de Jerusalém são tipicamente amenas mesmo no verão. A precipitação média
anual é de aproximadamente 590 milímetros com o período das chuvas ocorrendo
principalmente entre outubro e maio.
A
maior parte da poluição do ar em Jerusalém vem do
tráfego de veículos. Muitas
das principais ruas de Jerusalém não foram construídas para acolher um volume
tão grande de veículos, levando a congestionamentos frequentes e grande quantidade
de monóxido de carbono liberado na atmosfera.
A poluição industrial dentro da cidade é baixa, mas as emissões provenientes de
fábricas na costa mediterrânica podem se deslocar devido aos ventos e pairar
sobre a cidade.
Dados climatológicos para Jerusalém
|
|||||||||||||
Mês
|
Jan
|
Fev
|
Mar
|
Abr
|
Mai
|
Jun
|
Jul
|
Ago
|
Set
|
Out
|
Nov
|
Dez
|
|
Temperatura máxima média (°C)
|
12
|
13
|
16
|
21
|
25
|
28
|
29
|
29
|
28
|
25
|
19
|
14
|
|
Temperatura mínima média (°C)
|
4
|
Fonte: The Weather Channel105
|
6
|
9
|
12
|
15
|
17
|
17
|
16
|
14
|
9
|
6
|
|
Precipitação (mm)
|
142,2
|
114,3
|
99,1
|
30,5
|
2,5
|
0,0
|
0,0
|
0,0
|
0,0
|
22,9
|
68,8
|
109,2
|
|
Demografria
Pop. de Jerusalém
|
|
Ano
|
Total
|
1525
|
4 700
|
1538
|
7 900
|
1553
|
12 384
|
1562
|
12 650
|
1800
|
8 750
|
1844
|
15 510
|
1876
|
25 030
|
1896
|
45 420
|
1922
|
62 578
|
1931
|
90 053
|
1944
|
157 000
|
1948
|
165 000
|
1967
|
263 307
|
1980
|
407 100
|
1985
|
457 700
|
1990
|
524 400
|
1995
|
617 000
|
2000
|
657 500
|
2005
|
706 400
|
Em maio de 2007, Jerusalém tinha uma população de 732 100
- 64% eram judeus,
32% muçulmanos, e
2% cristãos.1 No
final de 2005, a densidade populacional era de 5.750,4
habitantes por quilômetro quadrado.3 108 De
acordo com um estudo publicado em 2000, a porcentagem de judeus na cidade tem
decrescido; isso foi atribuído a uma maior taxa de natalidade dos palestinos, e
a moradores judeus que deixaram a cidade. O estudo também constatou que cerca
de nove por cento dos 32 488 habitantes da Cidade Velha eram judeus.
Em 2005, 2850 imigrantes se estabeleceam em Jerusalém,
grande parte vindos do Estados Unidos, França, e
da ex-União Soviética. Em termos da população
local, o número de residentes que deixa a cidade é maior do que o número dos
que chegam. Em 2005, 16 000 foram embora de Jerusalém e apenas 10 000 se
mudaram para a cidade. No entanto, a população de Jerusalém continua a
aumentar devido à elevada taxa de natalidade,
especialmente na população árabe e nas comunidades judaicas Haredi.
Consequentemente, a taxa total de fecundidade em
Jerusalém (4.02) é superior da de Tel Aviv (1,98) e bem acima da média nacional
de 2,90. O tamanho médio das 180 000 famílias de Jerusalém é de 3,8 pessoas.
Em 2005, a população total aumentou cerca de 13 000
(1,8%) - semelhante à média nacional israelense, mas a composição étnica e
religiosa está mudando. Enquanto 31% da população judaica é constituída por
crianças abaixo dos quinze anos, o índice para a população árabe é de 42%.3 Isto
parece reforçar as observações de que a porcentagem de judeus em Jerusalém tem
diminuído ao longo das últimas quatro décadas. Em 1967, os judeus representavam
74 por cento da população, enquanto que o índice em 2006 era nove por cento
menor. Os possíveis fatores são o elevado custo da habitação, menos
oportunidades de emprego e o crescente caráter religioso da cidade. Muitas
pessoas estão indo para os subúrbios e cidades costeiras, em busca de habitação
mais barata e um estilo de vida secular.
A demografia e a divisão da população árabe e judaica
desempenham um papel importante na disputa em Jerusalém. Em 1998, o
Departamento de Desenvolvimento de Jerusalém propôs expandir os limites da
cidade para o oeste a fim de incluir mais áreas povoadas por judeus.
Crítica ao planejamento urbano
Os críticos dos
esforços para promover uma maioria judaica em Israel dizem que as políticas de
planejamento do governo são motivados por estudos demográficos que procuram
limitar as construções da população árabe, promovendo, simultaneamente, as
construções destinadas a judeus.
De acordo com um relatório do Banco Mundial, o
número de violações em construções registradas entre 1996 e 2000 foi quatro
vezes e meia superior nos bairros judaicos, mas foram emitidas quatro vezes
menos ordens de demolição em Jerusalém Ocidental do que em Jerusalém Oriental.
Os árabes de Jerusalém tinham mais dificuldade para receber a permissão de
construir do que os judeus, e "as autoridades provavelmente agem mais
contra os palestinos que constroem sem licença" do que contra os judeus
que violam os processos de licenciamento.
Nos últimos anos, fundações judaicas privadas têm
recebido permissão do governo para desenvolver projetos em terras disputadas,
como no parque arqueológico Cidade de David, no
bairro palestino de Silwan (ao lado da Cidade Velha), e o Museu da Tolerância no cemitério
de Mamila (ao lado da Praça
Tzion). O governo de Israel também está desapropriando terras palestinas
para a construção do Muro da Cisjordânia, sob a alegação de
evitar ataques terroristas. Porém, os opositores acreditam que o planejamento
urbano vem sendo usado como estratégia para a judaização de Jerusalém.
Política
Atualmente Jerusalém é um município em Israel e
também a sua capital e a sede do governo, embora não seja reconhecida como tal
pela ONU e
pela UE.
A cidade é governada por um conselho municipal composto por 31
membros eleitos cada quatro anos. Desde 1975, o presidente da câmara (prefeito)
é eleito por sufrágio direto cumprindo um mandato de 5 anos e apontando 6
deputados. O prefeito atual de Jerusalém, Uri Lupolianski,
foi eleito em 2003. O Ministério para os Assuntos Religiosos israelita tem
responsabilidade pelos locais sagrados da cidade, embora cada comunidade
religiosa deva zelar pela preservação dos seus edifícios.
Órgão à parte de prefeito e deputados, os membros do
conselho da cidade não recebem salários, trabalhando de forma voluntária. O
prefeito que mais tempo serviu Jerusalém foi Teddy Kollek,
que passou 28 anos, seis mandatos consecutivos, no posto. A maioria dos
encontros do Conselho de Jerusalém são privados, mas a cada mês, mantém uma
sessão aberta ao público. Dentro do Conselho da cidade, grupos políticos
religiosos formam uma facção especialmente poderosa, possuindo a maioria dos
assentos. A base do Município de Jerusalém e do gabinete do prefeito fica
na Praça Safra (Kikar Safra),
na Rua Jafa. O novo complexo municipal,
compreendendo dois prédios modernos e dez prédios históricos recuperados
entorno de uma grande praça, foi aberto em 1993. A cidade termina no Distrito de Jerusalém, com Jerusalém como
a capital do distrito.
Situação política
Em 5 de dezembro
de 1949, o primeiro-ministro do Estado de
Israel, David Ben-Gurion, proclamou Jerusalém como
a capital de
Israel e desde então todos os órgãos do governo de Israel — legislativo,judicial, e executivo — tem residido
lá. Na época da proclamação, Jerusalém foi dividida entre Israel e oJordão e
assim, somente o oeste de Jerusalém foi considerado capital de Israel.
Imediatamente depois de uma guerra de seis dias em 1967, entretanto, Israel
anexou o Leste de Jerusalém, a tornando de facto parte
da capital Israelense. Israel conservou o status da "completa e
unificada" Jerusalém — oeste e leste — como sua capital, em 1980 Lei básica: Jerusalém, Capital de Israel. O
status de uma "Jerusalem unificada" como "eterna capital"
de Israel tem sido um problema de imensa controvérsia dentro da comunidade
internacional. Entretanto, alguns países mantém consulados em Jerusalem, e duas
embaixadas nos subúrbios de Jerusalém, todas as embaixadas estão localizadas fora
da propriedade da cidade, a maioria em Tel Aviv.
A Resolução 478 do Conselho de
Segurança das Nações Unidas não-vinculativa,
tramitada em 20 de agosto de 1980, declarou a Lei Fundamental "nula e de
nenhum efeito e deve ser resolvida imediatamente". "Os
Estados-Membros foram aconselhados a retirar suas representações diplomáticas
da cidade como uma medida punitiva. A maioria dos países cumpriu a resolução,
deslocando suas representações para Tel Aviv.
Mas muitas embaixadas já estavam instaladas antes mesmo da Resolução 478.
Atualmente não existem embaixadas dentro dos limites da cidade de Jerusalém,
embora haja algumas em Mevasseret Zion, na periferia de
Jerusalém, e quatro consulados na cidade propriamente dita.
Em 1995, o Congresso dos Estados Unidos aprovou
a mudança da embaixada americana de Tel Aviv para Jerusalém, através da Lei da embaixada de
Jerusalém. Entretanto, o presidente George W. Bush alegou
que, segundo a Constituição as relações exteriores
são da alçada do poder executivo.
Assim, a embaixada dos Estados Unidos ainda continua em Tel Aviv.
As instituições mais proeminentes em Israel, incluindo
o Knesset, a Suprema Corte, e as residências
oficiais do Presidente e primeiro-ministro, estão localizadas em
Jerusalém.
Anteriormente à criação do Estado de Israel, Jerusalém
serviu como capital administrativa do Mandato Britânico, o qual incluía os
atuais estados de Israel e da Jordânia. De 1949 até 1967, Jerusalém Ocidental
serviu como capital de Israel, mas não foi reconhecida internacionalmente como
tal, já que a Resolução 194 da
Assembleia Geral da ONU previa que Jerusalém se tornasse
uma cidade internacional.
Em consequência da Guerra dos Seis Dias (1967),
Jerusalém foi inteiramente ocupada por Israel. Em 27 de junho de 1967, o
governo de Levi
Eshkolestendeu a jurisdição da lei israelense a Jerusalém
Oriental, mas concordou que o conjunto da administração do Monte do Templo seria
mantida pelowaqf jordaniano, no âmbito do
Ministério Jordaniano de Dotação Religiosa.
Em 1988, Israel, alegando razões de segurança, ordenou o
fechamento da Casa do Oriente, sede da Sociedade de
Estudos Árabes e da Organização para a Libertação da Palestina. O
prédio foi reaberto em 1992 como uma pousada palestina. Os Acordos de paz de Oslo previam que o
status final de Jerusalém seria determinado pelas negociações com a Autoridade Nacional Palestiniana,
que considera Jerusalém Oriental como a capital de um
futuro estado palestino.
Cidades-irmãs
Economia
Historicamente, a economia de Jerusalém foi sustentada
quase que exclusivamente por pelegrinos religiosos, e era localizada longe dos
maiores portões de Jaffa e Gaza. Os
marcos religiosos de Jerusalem hoje permanecem a principal razão de visitantes
estrangeiros, com a maioria dos turistas visitando o Muro das Lamentações e a Cidade Antiga, mas em meados do
século tornou-se muito claro que Jerusalém não pode ser somente sustentada por
sua significância religiosa.
Ainda que muitas
estatísticas indiquem crescimento econômico na cidade, desde 1967, Jerusalém Orientaltem ficado muito atrás em
relação ao desenvolvimento da Jerusalém Ocidental. Todavia, a porcentagem
de famílias com pessoas empregadas é maior para famílias árabes (76.1%) que
para famílias judaicas (66.8%). A taxa de desemprego em Jerusalém (8.3%) é um
pouco melhor que a média nacional (9.0%), ainda que a força de trabalho civil seja estimada
para menos da metade de todas as pessoas de 15 anos em diante — fica abaixo em
comparação à de Tel
Aviv (58.0%)
e Haifa (52.4%). A
pobreza da cidade tem crescido bastante nos últimos anos; entre 2001 e 2007, o
número de pessoas abaixo da linha de pobreza cresceu
40%. Em 2006, a renda per capita mensal de um trabalhador em Jerusalém foi
de 5 940 Novos Sheqel (NIS) (US$1 410), NIS 1 350 menor que a
recebida por um trabalhador em Tel Aviv.
Durante o mandato britânico, uma lei foi estabelecida
requerendo que todos os prédios fossem construídos de Meleke para preservar a característica
estética e histórica única da cidade. Complementando esta arquitetura, que
ainda continua em vigor, é o descorajamento de indústria pesada em Jerusalém; somente
entorno de 2.2% da terra de Jerusalém é zoneada por "indústrias e
infraestrutura." Por comparação, a porcentagem de terra em Tel Aviv
zoneada por indústrias e infraestrutura é duas vezes mais alta, e em Haifa,
sete vezes mais alta. Somente 8.5% da força de trabalho do Distrito de Jerusalém é empregada no
setor de manufatura, que é metade da média nacional (15.8%). Mais alto que a
porcentagem média são os empregados em educação (17.9% vs. 12.7%); saúde e bem
estar (12.6% vs. 10.7%); comunidade e serviço social (6.4% vs. 4.7%); hotéis e
restaurantes (6.1% vs. 4.7%); e a administração pública (8.2% vs. 4.7%). Apesar
de Tel Aviv permanecer o centro financeiro de Israel, um número crescente de
companhias de alta tecnologia estão se movendo para
Jerusalém, provendo 12.000 empregos em 2006. O parque industrial do norte
de Jerusalem Har Hotzvim é a sede de algumas das maiores corporações
de Israel, entre elas aIntel, Teva Pharmaceutical Industries,
e ECI Telecom. Planos de expansão para o
parque industrial prevê uma centena de novos negócios, um posto de bombeiros, e
uma escola, cobrindo uma área de 530.000 m² (130 acres).
Desde o estabelecimento do Estado de Israel, o governo
nacional tem permanecido o maior investidor na economia de Jerusalém. O
governo, centrado em Jerusalém, gera um largo número de empregos, e
oferece subsídios e
incentivos para novas iniciativas em negócios e empresas iniciantes.
Infraestrutura
O aeroporto mais próximo de Jerusalém é Atarot, situado entre Jerusalém
e Ramallah,
que foi usado para voos domésticos até ao seu fechamento em 2001, durante
a Segunda Intifada. Desde então, está sob
o controlo das Forças Armadas
Israelenses, e todo o tráfego aéreo foi desviado para
o Aeroporto Internacional Ben Gurion, o
maior e mais movimentado aeroporto israelense, que serve cerca de nove milhões
de passageiros anualmente.
A Egged, a
segunda maior empresa de autocarros (ônibus)
do mundo, lida com a maioria do serviço de autocarro local e intercidades
que sai da Estação Central de
Autocarros na Estrada de Jaffa perto da
entrada ocidental de Jerusalém a partir da autoestrada número 1. Em 2008,
autocarros da Egged, táxis e
carros privados são as únicas opções de transporte em Jerusalém. Contudo, isto
irá mudar com a construção do Light rail de
Jerusalém, um sistema ferroviário que está em construção. O sistema
ferroviário será capaz de transportar cerca de 200 000 pessoas diariamente.
Terá 24 paragens, e a sua conclusão está planejada para janeiro de 2009.
Outra obra em andamento é uma nova linha para comboio de alta velocidade de Tel Aviv para
Jerusalém, que está planeada para 2011. O seu terminal será uma estação
subterrânea (80m de profundidade) que servirá o Centro Nacional de Congressos e
a Estação Central de Autocarros e está planejado que seja eventualmente
expandida até à estação de Malha. A Israel Railways opera
serviços de comboio paraestação de comboios
de Malha a partir de Tel Aviv via Beit Shemesh.
A Via Rápida Begin é uma das
maiores vias transversais norte-sul de Jerusalém; vai desde o lado ocidente da
cidade, fundindo no norte com a Via 443, que continua em direção de Tel Aviv. A
Via 60 atravessa o centro da cidade perto da Linha Verde entre Jerusalém Este e
Oeste. A construção está a progredir em partes de um rodoanel de
35 quilômetros à volta da cidade, providenciando ligações mais rápidas entre os
subúrbios. A metade oriental do projecto foi conceptualizado há décadas,
mas reação à autoestrada proposta é ainda mista.
Jerusalém abriga diversas universidades prestigiadas, com
cursos oferecidos em hebraico, árabe,
e inglês. Fundada em 1925, a Universidade Hebraica de Jerusalém é
uma das mais respeitadas instituições de ensino superior em Israel. Em um
levantamento recente, de 2009, a universidade hebraica foi classificada na posição
64ª no mundo (e 4ª na região da Ásia e do Oceano Pacífico), incluindo-se entre
as 100 melhores universidades do mundo. A Comissão de Diretores já incluiu
figuras judaicas proeminentes no campo intelectual, tais como Albert Einstein e Sigmund Freud. A
universidade também produziu vários laureados do Prêmio Nobel;
dentre recentes ganhadores do prêmio associados com Universidade Hebraica
incluem Avram Hershko, David Gross e Daniel Kahneman. Um
dos maiores bens da universidade é a Biblioteca Nacional de Israel,
que abriga mais de cinco milhões de livros. A
biblioteca foi inaugurada em 1892, mais de três décadas antes da fundação da
universidade, e é um dos maiores repositórios do mundo sobre temas judeus.
Atualmente, a biblioteca é ao mesmo tempo a biblioteca central da universidade
e biblioteca nacional. A Universidade Hebraica é constituída de
três campi em Jerusalém, no Monte Scopus,
em Givat Ram e
um campus médico no Hospital Hadassah Ein Karem.
A Universidade Al-Quds foi
fundada em 1984164 para
servir como principal universidade para os povos árabes e palestinos. Segundo a
própria universidade, é descrita como a "única universidade árabe em
Jerusalém". A Universidade Al-Quds se localiza ao sudeste da
cidade, num campus de 190 mil metros quadrados (47 acres). Outra
instituição de ensino superior em Jerusalém é a Academia de Música e
Dança de Jerusalém e a Academia de Arte e
Design Bezalel, que tem seus edifícios localizados
nos campi da Universidade Hebraica.
O Instituto de
Tecnologia de Jerusalém, fundada em 1969, combina treinamentos
em engenharia e
outros campos de alta tecnologia com um programa de estudos judeus. É uma
das muitas escolas de Jerusalém, tanto do ensino fundamental quanto superior que
combinam estudos seculares e religiosos. Existem, na cidade, diversas
instituições religiosas e yeshivás,
sendo que a Yeshivat Mir alega ser a
maior. No período de 2003-2004, havia aproximadamente 8 mil alunos
colegiais em escolas de hebraico. Contudo, devido à grande quantidade de
alunos no sistema Haredi,
somente cinquenta porcento se matriculavam nos
exames (Bagrut), e
somente 37% estavam aptos a se formar. Ao contrário das escolas públicas, muitas escolas Haredi não
preparam seus alunos para realizar os testes padrões, uma vez que os estudos
seculares não atraem a atenção destes. Visando atrair maior quantidade de
alunos universitários para Jerusalém, a cidade inicou uma série de incentivos
financeiros para subsidiar moradia para os estudantes que alugam apartamentos no
centro de Jerusalém.
Colégios para árabes em Jerusalém e em outras partes de
Israel são criticadas por oferecer uma educação de qualidade inferior à provida
aos israelenses judeus. Enquanto muitas escolas da Jerusalém Oriental, predominantemente árabe,
se encontram à margem de sua capacidade, sendo criticadas pela superlotação, o
poder local de Jerusalém está construindo mais de uma dúzia de novas escolas
nos bairros árabes da cidade. Três escolas, nos bairros de Ras el-Amud e Umm Lison, seriam abertas em 2008.
Apesar de Jerusalém ser conhecida primeiramente pela
sua significância religiosa, a
cidade também é sede de muitos eventos artísticos e culturais. O Museu de Israel atrai
perto de um milhão de visitantes por ano, aproximadamente um terço deles são
turistas. Os 20 acres do complexo de museus compreende vários prédios possuindo
exibições especiais e coleções extensivas achados judaicos, arqueológicos e
arte israelita e europeia. Os pergaminhos do Mar Morto, descoberto no meio
do século XX nas cavernas deQumran perto
do Mar Morto, estão hospedadas no Santuário do Livro. A Ala Nova, cuja
construção mudou as exibições e funciona um extensivo programa de educação em
arte, é visitado por 100.000 crianças por ano. O museu tem uma larga escultura
no jardim de fora, e um modelo no tamanho escala do segundo templo foi
recentemente movido do hotel Holyland para uma nova localização no território
do museu. O Museu Rockefeller,
localizado no leste de Jerusalém, foi o primeiro museu arqueológico no meio
oeste. Foi construído em 1938 durante o mandato britânico. O Museu
Islâmico no Monte do Templo, estabelecido em 1923, guarda muitos artefatos
islâmicos, do menor kohl cantil
e manuscritos raros a colunas gigantes de mármore.
Yad
Vashem, o memorial nacional de Israel para as vítimas do Holocausto,
guarda a maior biblioteca do mundo de informações relacionadas ao holocausto, com
estimados 100.000 livros e artigos. O complexo contém um museu de arte que
explora o genocídio dos judeus através de exibições que focam em estórias
pessoais de indivíduos e famílias mortas no holocausto e uma galeria de arte
apresentando o trabalho de artistas que pereceram. Yad Vashem também relembra
as 1.5 milhões de crianças judias assassinadas pelos nazistas, e honra os justos entre as nações. O museu na
junção, que explora erros de coexistênciaatravés
da arte é situado na estrada divisória oriental e ocidental de Jerusalém.
A Orquestra Sinfônica
de Jerusalém, estabelecida nos anos 1940, se
apresentou pelo mundo. Outros estabelecimentos de arte incluem o Centro Internacional
de Convenções (Binyanei HaUmá, Prédios da Nação,
em hebraico) perto da entrada da cidade, onde a Orquestra Filarmônica de Israel se
apresenta, a Cinemateca de Jerusalém, o Centro Gerard Behar (formalmente Beit
Ha'am) na parte baixa de Jerusalém, o Centro de Música de
Jerusalémno Yemin Moshe, e
o Centro Musical de Targ no Ein Kerem.
O Festival de Israel, com performances externas
ou internas por cantores locais e internacionais, concertos, peças e teatro de
rua, tem sido mantido anualmente desde 1961; durante os últimos 25 anos,
Jerusalem tem sido o maior organizador deste evento. O Teatro de Jerusalém na vizinhança
de Talbiya é
sede de 150 concertos ao ano, como também de companhias de teatro e dança e
artistas performáticos de além mares. O Khan, localizado em um caravançarai oposto
à estação de trêns da antiga Jerusalém, é o único teatro de repertório. A
própria estação se tornou um local para eventos culturais no anos recentes,
como também o lugar de Shav'ua Hasefer, um local de exposição literária
anual e de performances musicais externas. O Festival de Cinema
de Jerusalem é mantido anualmente, apresentando
filmes israelitas e internacionais.
O Teatro Nacional Palestino,
por muitos anos o único centro cultural árabe no leste de Jerusalém, procura
novas ideias e abordagens inovadoras para a auto-expressão palestina. A Casa Ticho, no centro de Jerusalém,
possui pinturas de Anna Ticho e coleções judaicas de
seu marido, um oftalmologista que abriu a primeira clínica de olhos da cidade
neste prédio em 1912. Al-Hoash, estabelecida em 2004, é
uma galeria de preservação da arte palestina.
Significado religioso
Jerusalém tem um papel importante no judaísmo, cristianismo e islamismo. O
Livro anual de estatística de Jerusalém listou 1.204 sinagogas,
158 igrejas, e
73 mesquitas dentro
da cidade. Apesar dos esforços em manter coexistência pacífica religiosa,
alguns locais, como o Monte do Templo,
tem sido continuamente fonte de atritos e controvérsias.
Jerusalém é sagrada para os judeus desde que o Rei David
a proclamou como sua capital no 10º século a.C. Jerusalém foi o local do Templo de Salomão e do Segundo
Templo. Ela é mencionada na Bíblia 632 vezes. Hoje, o Muro das Lamentações, um remanescente do
muro que contornava o Segundo Templo, é o segundo local sagrado para os judeus
perdendo apenas para o Santo dos santos no
próprio Monte do Templo. Sinagogas ao redor do mundo são tradicionalmente
construídas com o seu Aron Hakodeshvoltado
para Jerusalém, e as dentro de Jerusalém voltado para o Santo dos santos. Como
prescrito noMishná e
codificado no Shulchan Aruch, orações diárias são
recitadas em direção a Jerusalém e ao Monte do Templo. Muitos judeus tem placas
de "Mizrach" (oriente)
penduradas em uma parede de suas casas para indicar a direção da oração.
O cristianismo reverencia Jerusalém não apenas pela
história do Antigo Testamento mas também por sua
significância na vida de Jesus. De
acordo com o Novo Testamento, Jesus foi levado para
Jerusalém logo após seu nascimento e depois em sua vida quando limpou o
Segundo Templo. O Cenáculo que
se acreditava ser o local da última ceia de Jesus, é localizado
no Monte Sião no
mesmo prédio que sedia a tumba de David. Outro lugar proeminente
cristão em Jerusalém e o Gólgota, o
local da crucificação.
O Evangelho de João o descreve como sendo
localizado fora de Jerusalem, mas evidências arqueológicas recentes
sugestionam que Golgotha fica a uma curta distância do muro da Cidade Antiga,
dentro do confinamento dos dias presentes da cidade. A terra correntemente
ocupada pelo Santo Sepulcro é considerado um dos
principais candidatos para o Gólgota e ainda tem sido um local de peregrinação
de cristãos pelos últimos dois mil anos.
Jerusalém é considerada a terceira cidade sagrada do Islamismo.7 Aproximadamente
um ano antes de ser permanentemente trocada por Caaba em Mecca,
a qibla (direção
da oração)
para os muçulmanos era Jerusalém.A
permanência da cidade no Islão, entretanto, é primariamente de acordo com
a Noite de Ascensão de Maomé (c.
620 d.C.). Os muçulmanos acreditam que Maomé foi miraculosamente trasportado em
uma noite de Mecca para
o Monte do Templo em Jerusalém, aonde ele ascendeu ao Paraíso para encontrar
os profetas anteriores do Islão.
primeiro verso no Al-Isra do Alcorão notifica
o destino da jornada de Maomé como a Mesquita de Al-Aqsa (a mais
distante), em referência à sua localização em Jerusalém. Hoje, o Monte do
Templo é coberto por dois marcos islâmicos para comemorar o evento — A Mesquita de Al-Aqsa, derivada do nome
mencionado no Alcorão, e a Cúpula da Rocha,
que fica em cima daPedra Fundamental, na
qual os muçulmanos acreditam que Maomé ascendeu ao céu.
Esportes
Os dois esportes
mais populares em Jerusalém, e em Israel como um todo, são o futebol e
o basquetebol. Beitar Jerusalem Football Club é
um dos mais populares times em Israel. Dentre os seus fãs encontram-se vários
antigas e atuais figuras políticas que mantém o compromisso de estarem
presentes em seus jogos. Outro grande time de futebol, e um dos maiores
rivais do Beitar, é o Hapoel Katamon F.C. , enquanto que o
Beitar foi campeão da Copa de Israel por
cinco vezes, e Hapoel só ganhou a copa uma vez. Ademais Beitar joga na mais
prestigiada Ligat ha'Al, enquanto Hapoel se
encontra na terceira divisão da liga nacional.
No basquete, Hapoel Jerusalem está em alta
posição na primeira
divisão, embora ainda não tenha ganho nenhum campeonato, o clube
ganhou a copa nacional quatro
vezes, e a Copa
ULEB em
2004.209
Desde sua abertura, o Estádio Teddy Kollek é o principal
estádio de Jerusalém para sediar jogos de futebol, com capacidade para 21 mil
pessoas.
[FIQUEI ALEGRE QUANDO ME DISSERAM: “VAMOS À CASA DE
ADONAI!”.
NOSSOS PÉS JÁ ESTAVAM EM SEUS PORTÕES, YERUSHALAYIM.
YERUSHALAYAIM, EDIFICADA COMO CIDADE, ENCORAJANDO AMIZADE
E UNIÃO.
A ELA, SOBEM AS TRIBOS DE ADONAI, EM TESTEMUNHO PARA
YISRA’EL, PARA DAR GRAÇAS AO NOME DE ADONAI.
POIS ALI OS TRONOS DA JUSTIÇA FORAM ESTABELECIDOS, OS
TRONOS DA CASA DE DAVID.
OREM POR SHALOM EM YERUSHALAYIM; QUE PROSPEREREM AQUELES
QUE A AMAM.
QUE SHALOM ESTEJA DENTRO DE SEUS MUROS, E A PROSPERIDADE,
DENTRO DE SEUS PALÁCIOS.
POR CAUSA DE MINHA FAMÍLIA E AMIGOS, DIGO:
“SHALOM ESTEJA DENTRO DE VOCÊ!”.
POR CAUSA DA CASA DE ADONAI, NOSSO DEUS, PROCURAREI SEU
BEM.”] Tehillim 122:1-9. Salmos 122:1-9.
(SHALOM SOBRE YISRA’EL.)
*jrjs