Por que
Israel?
Vamos observar alguns dos fins para os quais Deus
escolheu os Judeus. Há várias passagens nos Profetas onde Deus diz claramente
porque Ele nos escolheu. Isaías 42:6-8 declara, “Eu, o SENHOR, te
chamei (o povo Judeu) em justiça, tomar-te-ei pela mão, e te
guardarei, e te farei mediador da aliança com o povo e luz para os gentios;
para abrires os olhos aos cegos, para tirares da prisão o cativo e do cárcere
os que jazem em trevas. Eu sou o SENHOR; este é o meu nome! A minha glória
pois, não a darei a outrem, nem o meu louvor, a ídolos”.
Muitas pessoas equivocadamente pensam que Deus
escolheu Israel porque “os Judeus são muito inteligentes e sabem como ganhar
dinheiro; porque eles são bons médicos e advogados; porque os Judeus têm muitos
Prêmios Nobel”. Alguns Judeus também acham que nós somos melhores do que todo
mundo, mas isto não é correto.
Na verdade, a Bíblia nos revela porque Deus
escolheu os Judeus. Ele escolheu Israel para ser luz para as nações, para abrir
os olhos aos cegos e para libertar os cativos. Quando Ele veio a Abraão no
norte da Síria, Ele disse a ele para deixar seu pai e sua mãe e ir para a terra
que Ele mostraria. Então, Deus deu a ele três promessas: a promessa da
Terra, a promessa da descendência e a promessa de ser bênção para todas as
famílias da Terra. É por isso que Deus escolheu Abraão e a sua descendência
para sempre. Não há outra promessa em toda a Escritura que aparece tantas vezes
como a promessa que Deus fez a Abraão, Isaque, Jacó, e à descendência de
Israel. A promessa de multiplicação da descendência, a promessa de ser uma
bênção para todas as nações da terra, e a promessa de que Ele daria a terra de
Canaã a Israel e à sua descendência para sempre, aparecem vinte vezes em
Gênesis.
O Eterno disse a
Abraão: "Olha para os céus e conta as estrelas, se é que o podes. E lhe
disse: Será assim a tua posteridade". (Gen 15:5)
A Igreja tentou se apropriar da promessa da descendência e da promessa
da bênção para si própria. Eles não querem se apropriar da promessa da terra
estes dias porque terra é concreto, é real. É difícil espiritualizar a terra,
então eles dizem, “Bem, isso foi no Antigo Testamento, para os Judeus, mas
agora que estamos na era do Novo Testamento, a terra não é importante”.
Ironicamente, a Igreja Católica possui quinze por cento das melhores
propriedades em Israel, e a Igreja Ortodoxa Grega possui partes de Jerusalém, incluindo
o terreno em que se encontra o Knésset (Parlamento). Se a terra é tão pouco
importante para eles, eu gostaria que devolvessem a nós! Eles se apropriaram de
toda esta terra nos tempos das Cruzadas, quando a Igreja decidiu se preocupar
com a promessa de aquisição da Terra Santa e enviou seus exércitos para
conquistá-la, mas o poder militar sozinho não decide a verdadeira posse aos
olhos de Deus. Em Deuteronômio 32:8 diz que Deus criou as fronteiras dos povos
ha muito tempo de acordo com seus próprios critérios e não de acordo com nosso
próprio senso de direito, nacionalismo ou necessidades demográficas. Deus fez
promessas físicas a Israel e todas elas permanecem com o povo Judeu até hoje,
quer a Igreja e as nações reconheçam ou não.
Foi um acordo, um trato mútuo. Deus escolheu Israel
quando Ele escolheu Abraão. A eleição de Israel não veio a partir da aliança
que Ele fez com eles no Sinai, mas sim quando Deus escolheu Abraão. Deus teve
que escolher Abraão para assegurar que o mundo não fosse enterrado nas trevas
da idolatria. Deus escolheu Abraão no capítulo 12 de Gênesis, imediatamente
após a narrativa da rebelião da humanidade contra Deus, na Torre de Babel,
registrada no capítulo 11 de Gênesis. Na única vez em que os seres humanos se
uniram para se rebelar contra Deus e construir a Torre de Babel, Deus os
dividiu em nações antes que eles pudessem causar mais danos ao mundo. Antes da
Torre de Babel, não havia nações, não havia gentios. Todos falavam a mesma
língua e eram todos primos, os descendentes de Noé e seus filhos. Deus somente
os dividiu em nações quando eles se uniram contra Ele e quiseram construir uma
torre para se livrarem do poder de Deus e de Sua influência sobre eles. Não
havia nações antes disso, e não havia nenhuma idolatria antes disso. Não há
menção alguma de idolatria antes ou depois de Noé até a Torre de Babel. A
idolatria e a variedade de idiomas entraram no mundo depois da Torre de Babel,
e Abraão foi escolhido após a Torre de Babel para assegurar que essa rebelião
do homem contra Deus fosse consertada.
Em Hebraico nós chamamos este conceito de Tikkun
Olam – que o mundo se rebelou contra Deus e, portanto, tem de ser
consertado. O mundo foi danificado e tem de ser reparado, por isso Deus
escolheu Abraão, a fim de reparar o mundo e restaurar a humanidade de volta à
fé no Deus único, criador dos céus e da Terra. É por isso que Deus escolheu
Israel e é por isso que Yeshua, o Messias, nasceu Judeu. Ele poderia ter
nascido em qualquer país do mundo que Deus escolhesse, mas Ele era um Judeu
nascido da descendência de Davi e da descendência de Abraão, por causa da
missão de Deus para Israel. Não foi um acidente, e sua nacionalidade não foi
escolhida por sorteio. Deus planejou dessa maneira antes mesmo da criação do
mundo, pois sabia o que iria acontecer na história antes que ela começasse. A
eleição de Israel relaciona-se com a tarefa de trazer as nações de volta ao
conhecimento e adoração ao único Deus. Não foi por causa do orgulho ou das
habilidades judaicas, mas sim porque Deus quis tomar uma pessoa de fé, Abraão,
e dar-lhe uma descendência que é sobrenatural, usando essa descendência na
história da humanidade para trazer as nações de volta a Si mesmo, porque Deus
amou o mundo inteiro e não apenas os judeus.
Extraído do livro: “Plantados na Casa do Senhor”,
de Joseph Shulam. Clique aqui e
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Autor: Joseph Shulam
Considerado um dos
teólogos de maior renome na atualidade. Residente em Israel desde 1948, é
presidente do Instituto de Pesquisa Bíblica NETIVYAH, em Jerusalém – Israel e
fundador da Congregação Roê Israel (pastor de Israel), uma das primeiras
congregações de judeus messiânicos (discípulos de Jesus) do Estado moderno de Israel.
Autor de renomados comentários do Novo testamento, é formado em Arqueologia e
História do Judaísmo pela Universidade Hebraica de Jerusalém. O pastor e
professor Joseph Shulam leciona em vários países do mundo ensinando sobre a
restauração da Igreja do Iº século. Joseph é co-fundador do Ministério
Ensinando de Sião – BRASIL.
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