"vocês conhecerão a verdade, e a verdade os libertará" Yochanan 8:32. libertção só com Jesus sendo o SENHOR das vidas e da igreja, movimentos não muda nada, nem a vida de ninguém. "PORTANTO, SE O FILHO (YESHUA) JESUS OS LIBERTAR, VOCÊS REALMENTE SERÃO LIVRE!" Yochanan 8:36. João 8:33,36.
Em setembro o papa Francisco se reuniu com o peruano Gustavo Gutierrez, o principal líder da Teologia da Libertação (TL), em uma reunião secreta no Vaticano.
Durante o encontro Francisco teria se comprometido em defender os pobres assumindo uma postura anticapitalista, o que já vem sendo praticado por ele que tem rejeitado os luxos dados ao sumo sacerdote da Igreja Católica.
O encontro já estava sendo esperado desde quando Francisco foi anunciado como Papa, em março deste ano, por ser um religioso ligado às causas dos menos favorecidos. Na ocasião do anuncio do novo papa, muitos bispos e teólogos ligados à TL fizeram declarações em que afirmam a sua expectativa de uma administração que pudesse reaver a confiança da população no catolicismo.
Gutierrez foi quem formulou a Teologia da Libertação em 1968 e o texto “Teologia de La Liberación”, foi publicado três anos depois se tornando um sucesso editorial.
A TL conquistou líderes católicos da América Latina que passaram a inserir os conceitos na dimensão sócio-política de seus países, muitos deles estavam sob regimes ditatoriais naquela época.
Por muitos anos a teologia não foi aceita pela Igreja Católica por ter traços do marxismo. Por Francisco ser latino-americano e ter conhecimentos sobre a TL ele poderá abrir o caminho para ligar a igreja tradicional com esses teólogos e pensadores que acreditam na libertação social. Teologia
da Libertação
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Teologia da Libertação é um movimento supra-denominacional, apartidário e inclusivista
de teologia política, que engloba várias correntes de pensamento que interpretam os
ensinamentos de Jesus Cristo em termos de uma libertação de injustas condições
econômicas, políticas ou sociais. Ela foi descrita, pelos seus proponentes como
reinterpretação analítica e antropológica da fé cristã, em vista dos problemas
sociais, mas outros a descrevem como marxismo,relativismo e materialismo cristianizado.
A
teologia da libertação se tornou um movimento internacional e
inter-denominacional, isto porque absorveu crenças das Religiões do Oriente, da Umbanda,
do Espiritismo,
do Islamismo e
do Xamanismo.
Embora a mesma tenha se iniciado como um movimento dentro da Igreja Católica,
na América Latina nos anos 1950-1960, o termo foi cunhado em 1971 pelo peruano
padre Gustavo Gutiérrez, que escreveu um dos livros mais famosos do movimento, A
Teologia da Libertação. Outros expoentes são Leonardo Boff do Brasil, Jon Sobrino de El Salvador,
e Juan Luis Segundo do Uruguai. A
teologia da libertação desde os anos 90 sofreu um forte declínio, principalmente
devido ao envelhecimento de suas lideranças, e a falta de participação das
recentes gerações nesse movimento.
A
influência da teologia da libertação diminuiu após seus formuladores serem
condenados pela Congregação
para a Doutrina da Fé (CDF)
em1984 e 1986. A Santa Sé condenou os principais fundamentos
da teologia da libertação, como a ênfase exclusiva no pecado
institucionalizado, coletivo ou sistêmico, excluindo os pecados individuais, a
eliminação da transcendência religiosa, a desvalorização do magistério,
e o incentivo à luta de classes.
Origens e história
O documento Libertatis nuntius da Santa Sé de 1984 assinado pelo então Cardeal Ratzinger sobre a Teologia da Libertação; aponta como motivações da Teologia da
Libertação:
1. A impaciência e o desejo de ser eficazes de
alguns cristãos que, perdida a confiança em qualquer outro método, voltaram-se
para a análise marxista.
2. Pensavam que uma situação intolerável exige uma
ação eficaz que não pode mais ser adiada. Uma ação eficaz supõe uma análise
científica das causas estruturais da miséria. O marxismo seria o instrumental
para semelhante análise. Bastaria aplicá-lo à situação da América Latina
3. Uma concepção totalizante impõe a sua lógica e
leva asteologias da libertação a aceitar um conjunto de posições
incompatíveis com a visão cristã do homem. Com efeito, o núcleo ideológico,
tomado do marxismo e, que serve de ponto de referência, exerce a função de
princípio determinante.
Segundo
Gonçalves, o nascimento e o desenvolvimento da Teologia da Libertação na
América Latina e no Caribe se deve basicamente a três fatores:
1. Situação política, econômica e social do
continente: A Teologia da Libertação foi gestada durante os regimes
antipopulares que governavam países do continente.
2. O desenvolvimento do marxismo como instrumento de análise social:
as ciências sociais, entre elas a análise marxista eram utilizados para compreender a
origem das contradições da sociedade, embora, segundo Gonçalves, o marxismo não
fosse utilizado como ferramenta para construção do projeto social alternativo.
3. Mudanças no âmbito da Igreja Católica. Do ponto
de vista católico, algumas mudanças na Igreja possibilitaram o surgimento da
Teologia da Libertação:
1. A experiência da Ação Católica e seu método VER-JULGAR-AGIR. Esta pedagogia ajudou na busca de
uma compreensão crítica da realidade e impulsionou uma ação transformadora.
2. A realização do Concílio Vaticano II, entre 1962-1965 e a busca de diálogo da Igreja com o mundo moderno.
3. A Segunda
Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano, em Medellín, Colômbia, ocorrida na vigência dos regimes militares.
4. O florescimento das Comunidades
Eclesiais de Base, que impulsionadas pela
Conferência de Medellín e pela pedagogia da Ação Católica através do método
VER-JULGAR-AGIR, lutavam pela transformação social.
5. O enfrentamento dos regimes militares por parte
dos bispos,
quer através das conferências episcopais nacionais, quer por bispos isolados, como Dom Hélder Câmara, Dom Pedro Casaldáliga, Dom Paulo Evaristo Arns, Dom Oscar Romero, entre outros.
As
mudanças ocorridas na sociedade desde então apresentam novos desafios da
contemporaneidade, como oneoliberalismo econômico
e a exclusão social, a globalização,
o pluralismo cultural e religioso, a crise das igrejas cristãs históricas
ante o fenômeno da pós-modernidade.
Uma
das instituições na América Latina que se dedicou a apologia da Teologia da
Libertação é a "Unisinos",
instituição de ensino superior jesuíta do Rio Grande do Sul, que no final de 2011 promeveu o "Congresso Continental de
Teologia" , que reuniu muitas antigos proponentes da teologia da
libertação, para fundir seus príncipios com os documentos do Concílio Vaticano
II, que completou 50 anos em 2011. Essa visão entra em choque com a
interpretação que a Santa Sé e os Papas, responsáveis pelas próprias
publicações dos documentos conciliares, e de sua interpretação desde então,
esta foi reconfirmada no Sínodo em Roma no mesmo ano.
Surgimento
A Teologia da Libertação nasceu da influência de
três frentes de pensamento, o Evangelho
Social das igrejas
norte-americanas, trazido ao Brasil pelo missionário e teólogo
presbiteriano Richard Shaull; a Teologia
da Esperança, do teólogo reformado Jürgen
Moltmann; e a teologia antropo-política que tinha como seus grandes expoentes o teólogo católico Johann Baptist Metz, na Europa, e o teólogo batista Harvey Cox, nos Estados Unidos.
Especialmente
a publicação em 1965, pelo teólogo batista Harvey Cox, A Cidade
Secular, como contraposição à obra
clássica de Santo Agostinho, De Civitate Dei, na qual defende que a divisão entre a cidade dos homens (o mundo
terreno) e a cidade de Deus (o mundo espiritual), segundo ele a partir do século XX essa
visão encontra-se superada pela contraposição entre a cidade dos operários
oprimidos (o mundo proletário), a cidade dos donos do poder (o mundo
geopolítico) e a cidade dos capatazes opressores (o mundo burguês).
O
marco do nascedouro da Teologia da Libertação porém, está na publicação da
obra Da
Esperança, de Rubem Alves, que tinha o
título de Teologia da Libertação, criticando a praxis
infra-metafísica de uma forma geral e propondo o nascimento ex-nihilo de novas
comunidades de cristãos, animados por uma visão e por uma paixão pela
libertação humana e cuja linguagem teológica se tornava histórica. A primeira
participação católica no lançamento da Teologia da Libertação foi a publicação
da Teologia da Revolução, em 1970, pelo teólogo belga radicado no
Brasil José Comblin. Em 1971, Gustavo Gutiérrez publicouTeologia da Libertação. Somente em 1972, Leonardo Boff surge
no cenário teológico com a publicação de Jesus
Cristo Libertador.
Como Rubem Alves estava asilado nos EUA neste período, Boff passou a ser o mais
conhecido representante desta corrente teológica que vivia no Brasil, devido à
proteção recebida pela ordem dos franciscanos, à qual ele pertencia. O método
destas teologias é indutivo: não parte da Revelação e
da Tradição eclesial
para fazer interpretações teológicas e aplicá-las à realidade, mas partem da
interpretação da realidade da pobreza e exclusão e do compromisso com a
libertação para fazer a reflexão teológica e convidar à ação transformadora
desta mesma realidade. Ocorre também uma crítica à teologia moderna e sua
pretensão de universalidade. Consideram esta teologia eurocêntrica e
desconectada da realidade dos países periféricos.
Declínio: A Teologia da Libertação tem enfrentado um acentuado declínio nos
últimos anos por diversos motivos, como envelhecimento ou morte de vários
expoentes dessa corrente, perda de apelo frente às novas gerações de clérigos,
teólogos e fiéis, e a pesquisa teológica atualmente menos calcada em
ideologias.
Algumas
membros da Igreja Católica chegam a afirmar que a Teologia da Libertação já
morreu: "Quando um movimento ou instituição teima em garantir que está
vivo é porque morreu e virou fantasma. A Teologia da Libertação já
passou."
Polêmica e críticas
Acusa-se
tal movimento de ser condescendente com a culpabilidade da Igreja, que segundos
estudiosos, é bem menor do que julgam os promotores, e de deturpar o caminho
divino, colocando-o em segundo plano diante da missão terrena de ajudar os
pobres.
Integrantes
do movimento afirmam que este movimento sempre foi baseado em ideais de amor e
libertação de todas as formas de opressão (especialmente opressão econômica).
Também afirmam que ele teria uma forte base nas escrituras sacras. Por outro
lado, alguns aspectos da teologia da libertação têm sido fortemente criticados
pela Santa Sé e
por várias igrejas protestantes,
como por exemplo o fato dos adeptos da Teologia da Libertação defenderem um
papel político significativo para as igrejas, e pela utilização do marxismo como base ideológica e metodológica do
movimento. Segundo o teólogo e ex-dominicano Matthew
Fox, proibido, pelo então cardeal Ratzinger, de ensinar a Teologia da Libertação e posteriormente expulso da ordem à
qual pertencera por 34 anos, "a CIA esteve envolvida, especialmente com
o Papa João Paulo II, no esmagamento da Teologia da Libertação em toda a América do Sul,
substituindo líderes heróicos, inclusive bispos e cardeais, por integrantes
da Opus Dei,
uma organizaçãofascista".
Posição da Igreja Católica
Na Igreja Católica,
a Congregação
para a Doutrina da Fé publicou
dois documentos sobre esta teologia,Libertatis nuntius ("Instrução
sobre alguns aspectos da Teologia da Libertação"), em 1984, e Libertatis Conscientia,
de 1986.
Os documentos, defendem a importância do compromisso radical para com os
pobres, porém considera a teologia da libertação herética, por fazer uma
releitura marxista e de outras ideologias políticas (materialista e atéia) da
religião, é incompatível com a doutrina católica. Outros afirmam que o que ocorreu não foi uma crítica ou repressão ao
movimento em si, mas sim correção de certos exageros de alguns de seus
representantes (como sacerdotes mais tendentes à política). O Papa João Paulo II dirigiu uma carta à CNBB, em 9 de abril de
1986, pedindo o verdadeiro desenvolvimento desta teologia, ao excluir-se seus
príncipios incorretos:
“Na medida em que se empenha por encontrar
aquelas respostas justas – penetradas de compreensão para com a rica
experiência da Igreja neste País, tão eficazes e construtivas quanto possível e
ao mesmo tempo consonantes e coerentes com os ensinamentos do Evangelho, da
Tradição viva e do perene Magistério da Igreja – estamos convencidos, nós e os
senhores, de que a Teologia da Libertação é não só oportuna, mas útil e
necessária. Ela deve constituir uma nova etapa - em estreita conexão com as
anteriores - daquela reflexão teológica iniciada com a tradição apostólica e
continuada com os grandes padres e doutores, com o magistério ordinário e
extraordinário e, na época mais recente, com o rico patrimônio da Doutrina
Social da Igreja expressa em documentos
que vão da Rerum Novarum a Laborem Exercens.”
A
carta do Papa aos bispos brasileiros expressa, ainda: "Os pobres deste
país, que tem nos senhores os seus pastores, os pobres deste continente são os
primeiros a sentir urgente necessidade deste evangelho da libertação radical e
integral. Sonegá-lo seria defraudá-los e desiludi-los." Para concluir,
o texto incita ao verdadeiro desenvolvimento da Teologia da Libertação "de
modo homogêneo e não heterogêneo com relação à teologia de todos os tempos, em
plena fidelidade à doutrina da Igreja, atenta a um amor preferencial e não
excludente nem exclusivo para com os pobres."
Assim
a Igreja Católica rejeita qualquer doutrina que foque exclusivamente nos
aspectos materiais do homem, e exclua Deus. Desse modo, o então Cardeal
Ratzinger, no retiro espiritual que pregou ao Papa João Paulo II, e aos
Cardeais em 1986, escreveu:
"Sem
resposta para a fome da verdade, sem cura das doenças da alma ferida por causa
da mentira ou, numa palavra, sem a verdade e sem Deus, o homem não se pode se
salvar. Aqui descobrimos a essência da mentira do demônio. Deus aparece na sua
visão do mundo como supérfluo, desnecessário à salvação do homem. Deus é um
luxo dos ricos. Segundo ele, a única coisa decisiva é o pão, a matéria. O
centro do homem seria o estômago".
E
perguntou o Cardeal Ratzinger, falando aos Cardeais: "Porventura não
existe uma tendência, também entre nós, de adiar o anúncio da verdade de Deus,
para antes fazer as coisas "mais necessárias"? Vemos, porém, que um
desenvolvimento econômico sem desenvolvimento espiritual destrói o homem e o
mundo".
"igreja católica está indo de mal a pior"
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