sábado, 26 de outubro de 2013

ANTISSEMITISMO





Antissemitismo(Significado de Antissemitismo) (parte 1)

s.m. Repúdio aos semitas, nomeadamente, aos judeus.
Movimento ou ideologia política contrária aos judeus: o antissemitismo, mais conhecido como perseguição aos judeus.
(Etm. ant(i) + semitismo)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Antissemitismo é o preconceito ou hostilidade contra judeus baseada emódio contra seu histórico étnicocultural e/ou religioso. Na sua forma mais extrema, "atribui aos judeus uma posição excepcional entre todas as outras civilizações, difamando-os como um grupo inferior e negando que eles sejam parte da(s) nação(ões) em que residem". A pessoa que defende este ponto de vista é chamada de "antissemita".
O antissemitismo é manifestado de diversas formas, indo de expressões individuais de ódio e discriminação contra indivíduos judeus a violentos ataques organizados (Pogrons), políticas públicas ou ataques militares contra comunidades judaicas. Entre os casos extremos de perseguição estão a Primeira Cruzada de 1096, a expulsão da Inglaterra em 1290, aInquisição Espanhola, a expulsão da Espanha em 1492, a expulsão de Portugal em 1497, diversos pogroms, o Caso Dreyfus e, provavelmente o mais infame, o Holocausto perpretado pela Alemanha Nazista.
Embora a etimologia possa sugerir que o antissemitismo é direcionado a todos os povos semitas, o termo foi criado no final do século XIX naAlemanha como uma alternativa estilisticamente científica para Judenhass("Aversão a judeus"), sendo utilizada amplamente desde então.
Etimologia e uso
Uso
Apesar do uso do prefixo anti, os termos semita e antissemita não são diretamente opostos. O antissemitismo refere-se especificamente aopreconceito contra judeus em geral, apesar do fato de existirem outros falantes de idiomas semitas (isto é, árabesetíopes ou assírios) e de nem todos os judeus empregarem linguagem semita. O termo antissemita foi utilizado em algumas ocasiões para expressar o ódio a outros povos falantes de idiomas semitas, mas tal utilização não é amplamente aceita. Estudiosos defendem o uso sem hífen do termo antissemitismo para evitar provável confusão a respeito de o termo referir-se especificamente a judeus, ou a falantes de idiomas semitas como um todo. Emil Fackenhiem, por exemplo, apoiou a utilização sem hífen para "repelir a noção de que há todo um 'Semitismo' ao qual o 'anti-Semitismo se opõe".
Etimologia
Considerando a etimologia da palavra, antissemitismo significaria aversão aos semitas - segundo a Bíblia, os descendentes de Sem, filho mais velho de Noé - grupo étnico e lingüístico que compreende os hebreus, osassírios, os arameus, os fenícios e os árabes.
Mas, de fato, a palavra Antisemitismus foi cunhada, em língua alemã, no século XIX, numa altura em que a ciência racial estava na moda na Alemanha, e foi usada pela primeira vez já com o sentido de aversão aos judeus, pelo jornalista alemão Wilhelm Marr, em 1873, por soar mais "científica" do que Judenhass ("ódio aos judeus"). Há autores (como Gustavo Perednik) que preferem utilizar o termo judeofobia, significando "aversão a tudo o que é judaico". e esse tem sido o uso normal da palavra desde então. Tanto quanto pode ser confirmado, a palavra foi impressa pela primeira vez em 1880. Nesse ano, Marr publicou "Zwanglose Antisemitische Hefte" ("Livros casuais anti-semitas") e Wilhelm Scherer usou o termo Antisemiten(antissemitas) no jornal "Neue Freie Presse" de janeiro daquele ano. A palavra relacionada, "semitismo", foi cunhada por volta de 1885.
Raízes do antissemitismo
Desenho antissemita de Charles Lucien Léandre, reproduzindo a teoria da conspiração judaica que controla o mundo.
Muitos fatores motivaram e fomentaram o antissemitismo, incluindo fatores sociais, econômicos, nacionais, políticos, raciais e religiosos, ou combinações destes fatores.
Na Idade Média, as principais raízes do ódio contra judeus foram:
Religiosas (antijudaísmo), baseadas na pretensa doutrina da época da Igreja Católica de que os Judeus são coletivamente e permanentemente responsáveis pela morte de Jesus Cristo (verDeicídio, essa visão surgiu na Idade Média e não é mais aceitável pela Igreja Católica).
Sócioeconômicas, devido à ação de autoridades locais, governantes, e alguns funcionários da igreja que fecharam muitas ocupações aos judeus, permitindo-lhes no entanto as atividades de coletores de impostos e emprestadores, o que sustenta as acusações de que os Judeus praticam a usura.
Políticas, pela prática colonialista aplicada no Oriente-Médio após a Segunda Guerra Mundial.
Um dos grandes propagadores do antissemitismo no século XX foi o regime nazista alemão. Atualmente, o ódio ao judeu freqüentemente apoia-se em ideais nazistas, ainda que o pensamento antissemita seja muito mais antigo.
O antissemitismo contemporâneo
O antissemitismo nunca foi tão forte quanto nos dias de hoje e por outro lado nunca foi tão escondido. Hoje o mundo passa por uma conscientização coletiva sobre todos os tipos de preconceito existentes e o espaço para o antissemitismo ficou escasso e vergonhosos para quem o usa. Por isso, alem de suas formas clássicas, ele se apresenta em nossos tempos de duas novas formas. O Retroativo e o Descaracterizado.
Retroativo - Forma de usar o próprio antissemitismo para atacar o povo judeu, acusando-o de criar ou usar o antissemitismo para causar mal aos outros, criando assim um ambiente propicio para desenvolver o ódio aos judeus sem culpa.
Exemplo: Negacionismo(Acusar os judeus de criar sua própria perseguição no holocausto ou em outros eventos, com o propósito de dominar o mundo).
Descaracterizado - Acusar algo ou alguém que referencia-se a maioria do povo judeu.
Exemplo: Anti-sionismo(Acusar o estado judeu com falsas acusações de usar dos mesmos meios sofridos na história contro outros povos para desvalidar todo o antissemitismo anterior).

Filmografia
No documentário Defamation (em portuguêsDifamação), o cineasta judeu israelense Yoav Shamir apresenta uma visão crítica acerca do antissemitismo, que tem servido como bandeira para certos grupos oriundos das comunidades judaicas dos Estados Unidos, frequentemente aliados aos interesses da extrema direita israelense. Para desfrutar de certos poderes e privilégios ou para justificar ações do Estado de Israel contra a população palestina, esses grupos precisariam manter vivo o antissemitismo, seja como um perigo real, seja como ameaça imaginária. Segundo o documentário, muitos judeus, religiosos ou não, não concordam com a manipulação do sofrimento de seus antepassados em benefício desses grupos de influência. 
Antijudaísmo
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Antijudaísmo é uma oposição ou hostilidade ao judaísmo e seus praticantes. Ele é distinto do anti-semitismo por ser baseado no repúdio, religioso ou de outro motivo, a práticas ou crenças da religião judaica, e não em supostos fatores raciais.
Antijudaísmo no Império Romano pré-cristão
No Império Romano , a religião era uma parte integrante do governo civil. Os imperadores proclamaram-se como deuses na Terra , e exigiam ser assim venerados. Isso criava dificuldades, não apenas para os judeus, mas também para os seguidores de Mithras, Sabazius, e os primeiros cristãos, que eram proibidos por suas crenças de venerar deuses de outras.
Crise sob Calígula (37-41) é tida como a "primeira ruptura aberta entre Roma e os judeus", apesar de os problemas já serem evidentes durante o Censo de Quirino em 6 e sob Sejano (antes de 31).
Após a Guerra Judaico-Romana (66-135), Adriano mudou o nome da província da Judéia para Síria Palaestina, e Jerusalém para Aelia Capitolina, na tentativa de apagar os laços históricos dos judeus com a região. Além disso, após 70, os judeus só eram autorizados a praticar a sua religião se pagassem o Fiscus Judaicus (imposto judaico), e depois de 135 foram impedidos de entrar em Jerusalém, exceto no dia do Tisha B'Av.
Flávio Clemente, hoje tido como mártir cristão, foi condenado à morte por "viver uma vida judaica", no ano de 95, o que pode ter sido relacionado com a administração do imposto judaico sob Domiciano.
O Império Romano adotou o cristianismo como religião do Estado com oÉdito de Tessalónica em 27 de Fevereiro de 380.
História do antijudaísmo cristão
Cristianismo primitivo e os judaizantes
O cristianismo iniciou a sua existência no século 1 como uma seita dentro do judaísmo, o chamados cristianismo judaico. Era visto como tal pelos primeiros cristãos, assim como pelos judeus em geral. A administração romana provavelmente também não teria visto qualquer distinção. É discutido entre os historiadores se o governo romano distinguia ou não entre cristãos e judeus antes que Nerva realizasse sua modificação do imposto judaico em 96. A partir de então, os judeus praticantes pagavam o imposto, mas os cristãos não.
O principal ponto de divergência entre a comunidade cristã primitiva e suas raízes judaicas era a crença cristã de que Jesus era o tão esperado Messias. Outro ponto de divergência foi o questionamento por parte da comunidade cristã da aplicabilidade contínua da Lei de Moisés (a Torá), embora o decreto apostólico da era apostólica do cristianismo parece fazer paralelo com as Leis de Noé do judaísmo. As duas questões vieram a ser ligadas a uma discussão teológica dentro da comunidade cristã, sobre se a vinda do Messias poderia anular algumas ou todas as leis bíblicas anteriores.
Após a aceitação de Jesus como o messias, a controvérsia quanto à circuncisão foi provavelmente o segundo problema no qual o argumento teológico foi feito em termos de anti-judaísmo; aqueles que defendiam que as leis bíblicas continuavam a ser aplicáveis eram chamados de "judaizantes" ou "fariseus" (por exemplo, em Atos 15:05). Os ensinamentos de Paulo de Tarso, cujas cartas compreendem grande parte do Novo Testamento, podem ser vistos como um esforço contra a judaização. No entanto, Tiago, o Justo, que após a morte de Jesus foi amplamente reconhecido como o líder da cristãos de Jerusalém, adorou no Segundo Templo em Jerusalém até sua morte em 62, 30 anos após a morte de Jesus.
A destruição do Segundo Templo, no ano de 70, levaria os cristãos a "duvidar da eficácia da lei antiga"; no entanto, Marcião de Sinope, que defendia rejeitar a totalidade da influência judaica sobre a fé cristã, seria excomungado pela Igreja de Roma em 144.
Polêmica antijudaica
Obras antijudaicas deste período incluem De Adversus Iudeaos por TertulianoOctavius por Marcus Minucius FelixDe Catholicae Ecclesiae Unitate por Cipriano de Cartago, e Instructiones Adversus Gentium Deos porLactâncio. A hipótese tradicional sustenta que o antijudaísmo destes primeiros pais da Igreja foi herdado da tradição cristã da exegese bíblica, embora uma segunda hipótese sustenta que o antijudaísmo dos primeiros cristãos foi herdado do mundo pagão.
Taylor observou que o antijudaísmo cristão teológico "emerge a partir de esforços da Igreja para resolver as contradições inerentes a sua apropriação simultânea e rejeição de diferentes elementos da tradição judaica".
Os estudiosos modernos acreditam que o judaísmo pode ter sido uma religião missionária nos primeiros séculos da era cristã, portanto, a concorrência pelas lealdades religiosas dos gentios alimentou o antijudaísmo. O debate e o diálogo mudaram de polêmica para ataques verbais e escritos amargos entre os dois grupos. A Tarfon (falecido em 135) é atribuída uma declaração sobre se pergaminhos poderiam ser deixados para queimar em um incêndio no sábado. Uma discutível interpretação identifica esses livros como o Evangelho: "Os Evangelhos devem queimar, pois o paganismo não é tão perigoso para a fé judaica como judeus cristãos". A anônima "Carta a Diogneto" foi a primeira obra apologética cristã da Igreja para lidar com o judaísmo. Justino, falecido em 165 dC, escreveu o Diálogo com Trifão, um debate polêmico afirmando a messianidade de Jesus, fazendo uso do Antigo Testamento em contraste com contra-argumentos de uma versão fictícia do rabino Trifão. "Durante séculos, os defensores de Cristo e os inimigos dos judeus não empregaram qualquer outro método" além destas obras apologéticas.
Embora o imperador Adriano tenha sido um "inimigo da sinagoga", o reinado de Antonino Pio começou um período de benevolência romana para a fé judaica. Enquanto isso, a hostilidade ao cristianismo continuou a se cristalizar: após Décio, o império estava em guerra com esta crença. Uma relação desigual de poder entre judeus e cristãos, no contexto do mundo greco-romano, "gerou sentimentos antijudaicos entre os primeiros cristãos." Sentimentos de ódio mútuo surgiram, em parte devido à legalidade do judaísmo no Império Romano; em Antioquia, onde a rivalidade era mais amarga, foram mais provavelmente os judeus que exigiram a execução dePolicarpo de Esmirna.
De Constantino até o século 8
Quando Constantino e Licínio emitiram o Édito de Milão, a influência do judaísmo estava desaparecendo na terra de Israel em favor do cristianismo, mas se ampliando fora do Império Romano, na Babilônia. Até o século III as heresias judaizantes estavam quase extintas no cristianismo. O Concílio de Niceia proibiu a celebração da Páscoa entre os cristãos.
Após derrotar Licínio, em 323 dC, Constantino mostrou clara preferência política pelos cristãos. Ele reprimiu o proselitismo judaico, e proibiu os judeus de circuncidar seus escravos. Os judeus foram impedidos de entrar em Jerusalém, exceto no Tisha B'Av (dia do aniversário da destruição do Segundo Templo) e somente depois de pagar um imposto especial (provavelmente o Fiscus Judaicus) em prata. Ele também promulgou uma lei que condenava à morte na fogueira os judeus que perseguiram seus apóstatas por apedrejamento. O cristianismo se tornou a religião oficial do Império Romano (ver cristandade ). "Mal se armou, [a Igreja] esqueceu seus mais elementares princípios e dirigiu seu braço secular contra os seus inimigos".
A partir de meados do século 5, o uso da apologética cessou com Cirilo de Alexandria. Esta forma de antijudaísmo tinha se provado fútil e muitas vezes servira para fortalecer a fé judaica. Com o cristianismo ascendente no Império, "os Padres, bispos, e sacerdotes que tinham de lutar contra os judeus trataram-nos muito mal". Hosius na Espanha; Papa Silvestre I; Eusébio de Cesaréia; os chamaram de uma seita perversa, perigosa e criminosa." Embora Gregório de Nissa meramente acusa os judeus como infiéis, outros professores são mais veementes. Santo Agostinho rotulou os talmudistas de falsificadores; Santo Ambrósio reciclou um antigo ataque anti-cristão e acusou os judeus de desprezar o direito romano. São Gerônimo Jerónimo de Strídonafirmava que os judeus eram possuídos por um espírito impuro. São Cirilo de Jerusalém afirmou que os patriarcas judeus, ou Nasi, eram uma raça inferior.
Todos estes ataques teológicos se combinaram nos seis sermões de São João Crisóstomo em Antioquia. Crisóstomo, um arcebispo de Constantinopla, era muito negativo no seu tratamento do judaísmo, embora muito mais hiperbólica de expressão. Enquanto o diálogo de Justino é um tratado filosófico, as homilias contra os judeus de São Crisóstomo são um conjunto mais informal e retoricamente forte de sermões. Realizados enquanto Crisóstomo ainda era um sacerdote em Antioquia, suas homilias faziam uma crítica mordaz da vida civil e religiosa judaica, advertindo os cristãos a evitar qualquer contato com o judaísmo ou o sinagoga, e manter distância dos festivais da religião rival.
"Há legiões de teólogos, historiadores e escritores que escrevem sobre os judeus o mesmo que Crisóstomo: Epifânio, Diodoro de Tarso, Teodoro de Mopsuéstia, Teodoreto de Chipre, Cosmas Indicopleustes, Atanásio, o Sinaíta entre os gregos; Hilário de Poitiers, Prudêncio, Paulus Orósio, Sulpício Severo, Gennadius, Venâncio Fortunato, Isidoro de Sevilha, entre os latinos ".
Do século IV a VII, enquanto os bispos se opunham ao judaísmo na escrita, o Império promulgou uma série de leis civis contra os judeus, por exemplo proibindo-os de exercer cargo público, e um imposto curial opressivo. Leis foram promulgadas contra a observância de sua crença; Justiniano chegou ao ponto de aprovar uma lei contra as orações diárias dos judeus. Tanto os cristãos e os judeus estavam envolvidos em turbas violentas nos últimos dias do Império.
O padrão em que os judeus eram relativamente livre em reinos pagãos até a conversão cristã do regente, como visto com Constantino, se repetiria nas terras além do Império Romano, agora em colapso. Sigismundo da Borgonha promulgou leis contra os judeus depois de chegar ao trono após sua conversão em 514; o mesmo ocorreu com Recaredo I, rei dos visigodos, em 589, o que teria efeito duradouro quando codificada porRecesvinto no Código Visigótico de Direito. Este código inspirou os judeus a colaborar com Tárique, muçulmano, em sua derrubada de Rodrigo, e sob os mouros, os judeus recuperaram suas liberdades religiosas.
Comparação com o anti-semitismo
No livro In Toward a Definition of Antisemitism, o historiador Gavin I. Langmuir estabeleceu uma diferenciação entre o antijudaísmo medieval, em que o judeu era detestado pelos cristãos por seguir um sistema de crenças concorrente, do anti-semitismo medieval, em que o judeu era visto como uma criatura irreal e demoníaca, um monstro criado por rumores.
No século VI, no Reino Visigótico de Toledo, as injustas coacções e imprudências que foram praticadas contra a comunidade judaica hispânica para forçá-los a abraçar a fé cristã levou à criação de um "problema judaico", que muito perturbou a vida desse reino.
icídio
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Deicídio significa literalmente "matar Deus" (do Latim Deus, "Deus" + -cida, "matar") e geralmente refere-se àexecução de Jesus pela crucificação.
Dimensões históricas e teológicas
A questão de quem é o responsável pela execução de Jesus possui ambos componentes históricos e teológicos. As fontes primárias para informações históricas e teológicas incluem a importância evangélica dos eventos que levaram a morte de Jesus. A questão teológica é compreendida nas escrituras do Novo Testamento tais como asEpístolas paulinas. As pesquisas históricas, entretanto, são auxiliadas ainda por outras fontes da antiguidade que explicam o envolvimento político e cultural na vida de Jesus. Embora os romanos supostamente tivessem o controle da Palestina na época da Judéia, era a elite judaica que decidia quando as rebeliões provinciais começavam, e temendo sua própria vida, Poncio Pilatos foi obrigado a lavar as mãos diante da ânsia popular judaica por destruir o suposto herege Jesus, que havia dito algo pecaminoso para o Judaísmo; que ele próprio era o Messias, e portanto para a Aristocracia Religiosa Judaica isto era uma inaceitável heresia, tal como se fosse mesmo verdade acabaria perdendo espaço e poder para o suposto profeta. Resultado: Para que os interesses da elite da Judéia fossem preservados em detrimento de um bode expiatório oriundo do povo comum, Jesus foi assassinado e assim tanto o Império quanto o Judaísmo saíram ganhando à curto prazo, porém à longo prazo, o cristianismo martircista iria endeusar o profeta, destruir Roma e perseguir os judeus de modo "a se vingar" do ocorrido.
Análises históricas sobre a morte de Jesus geralmente atribuem a responsabilidade tanto a:
1.   liderança Romana na Palestina
2.   liderança dos Hebreus na Palestina
Análises teológicas [Igreja Católica] de quem é responsável pela morte de Jesus apontam:
1.   Toda a humanidade através de sua pecaminosidade;
2.   Deus, por beneficiar as pessoas em geral;
3.   Deus, pelo benefício dos Eleitos em particular.
4.   Diabo, foi a primeira profecia registrada na Bíblia Gênesis 3:15.
Nazismo
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nazismo, conhecido oficialmente na Alemanha como nacional-socialismo (em alemãoNationalsozialismus), é aideologia praticada pelo Partido Nazista da Alemanha, formulada por Adolf Hitler, e adotada pelo governo da Alemanha de 1933 a 1945, e esse período ficou conhecido como Alemanha Nazista ou Terceiro Reich.
No Brasil, como em vários outros países, a apologia ao nazismo é capitulada em lei como crime inafiançável.
O nazismo é frequentemente considerado por estudiosos como uma derivação do fascismo. Mesmo incorporando elementos tanto da direita política quanto da esquerda política, o nazismo é considerado de extrema direita. Os nazistas foram um dos vários grupos históricos que utilizaram o termo nacional-socialismo para descrever a si mesmos, e na década de 1920, tornaram-se o maior grupo da Alemanha.
Os ideais do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (Partido Nazista) são expressos no seu "Programa de 25 pontos", proclamado em 1920.
Entre os elementos-chave do nazismo, há o anti-parlamentarismo, o pangermanismo, o racismo, o coletivismo, a eugenia, oantissemitismo, o anticomunismo, o totalitarismo e a oposição aoliberalismo econômico e político.
Na década de 1930, o nazismo não era um movimento monolítico, mas sim uma combinação de várias ideologias e filosofias centradas principalmente no nacionalismo, no anticomunismo e no tradicionalismo. Alguns grupos, como strasserismo, faziam inicialmente parte do movimento nazista. Uma de suas motivações foi a insatisfação com o Tratado de Versalhes, que era entendido como uma conspiração judaica-comunista para humilhar a Alemanha no final da Primeira Guerra Mundial. Os males da Alemanha pós-guerra foram críticos para a formação da ideologia e suas críticas àRepública de Weimar pós-guerra. O Partido Nazista chegou ao poder na Alemanha em 1933.
Em resposta à instabilidade criada pela Grande Depressão, os nazistas procuraram um terceiro jeito de gerenciar a economia do seu país, sem que tenha ideais comunistas ou capitalistas. O governo nazista efetivamente acabou em 7 de maio de 1945, no Dia V-E, quando os nazistas incondicionalmente renderam-se às potências Aliadas, que tomaram a administração da Alemanha até que o país formasse o seu próprio governo democrático.
Etimologia
O nome do Partido Nazista era "National Sozialistische Deutsche Arbeiterpartei" (N.S.D.A.P.) ou em português,Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães. Apesar de o nome "socialista" ser utilizado, entretanto, sob o nosso atual entendimento de socialismo, o nazismo é radicalmente antissocialista ou anticomunista. O termo "National Sozialistische", que em alemão dá origem a "Nazismo" era utilizado como forma de se contrapor ao termo comunismo, ou socialismo internacional no sentido utilizado pelo marxismo. O nazismo pode ser considerado uma forma extrema de fascismo, muitas vezes chamado de nazifascismo. Os vários tipos de fascismos se identificam como antissocialistas.
 Hitler dizia que o termo "socialista" era uma palavra de origem alemã, correspondente a um modelo ideal de terras semicoletivas, semiprivadas que existia entre os antigos povos germânicos do 1º Reich, e afirmava queKarl Marx, um judeu, havia "roubado" esta palavra para sua teoria subversiva, o comunismo. Foi justamente para diferenciar a sua proposta de novo modelo de sociedade do socialismo primitivo, que Marx criou o termo comunismo (enquanto estágio pós-socialista). Hitler defendia o retorno ao "socialismo" germânico do 1º Reich. Assim, na Alemanha, havia uma disputa retórica e linguístico-formal entre nazistas e comunistas em torno do uso e do significado do termo "socialismo" na língua alemã.
Quando questionado o porquê de usar a palavra socialismo como parte do nome de seu partido, Adolf Hitler disse: "Por que eu iria forçar essas criaturas a se submeterem a uma disciplina rígida, da qual não conseguem escapar? Eles podem ter tantas terras ou usinas quanto querem, o importante é que o estado, por intermédio do partido, decida quanto às ações e atitudes, pouco importando, assim, que sejam proprietários ou operários. Compreendem, agora, que tudo isso não significa mais nada? Nosso socialismo tem uma forma de agir mais profunda. Não modifica a ordem das coisas, não faz senão mudar as relações dos homens com o estado (...) Que significado têm a partir de agora as expressões 'propriedade' e 'renda'? Por que teremos a necessidade de socializar os bancos e as usinas? Nós socializamos os homens!"
Definição
O sistema totalitário com um partido único e com um único líder foi definitivamente implantado no verão de 1934, quando Hitler, através de expurgos sangrentos dentro do partido e das organizações militares do partido, as SA, conseguiu o apoio total do exército e se nomeou, após a morte do presidente Hindenburg, chefe do Estado, chanceler, líder do partido e da nação, ditador único da Alemanha. O Nazismo consistia assim em um movimento que defendia a superioridade da raça ariana e a doutrina do "espaço vital" nacional necessário aos alemães. O racismo, no Nazismo alcança um patamar nunca alcançado na história, torna-se uma Política de Estado para eliminar outros povos considerados biologicamente inferiores. Isto porque Hitler julga que só a raça ariana é "depositária do progresso da civilização" e, portanto, como um povo de senhores, tem de conquistar e submeter as raças inferiores.
História
Adolf Hitler chegou ao poder enquanto líder de um partido político, o Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei, ou NSDAP). Os termos Nazi ou Nazistasão acrônimos do nome do partido (vem de National Sozialist). A Alemanha deste período é também conhecida como "Alemanha Nazista" ("Alemanha Nazi" PE) e os partidários do nazismo eram (e são) chamados nazistas (nazis PE). O nazismo foi proibido na Alemanha moderna, muito embora pequenos grupos de simpatizantes, chamados neonazistas (neonazis PE), continuem a existir na Alemanha e noutros países. Alguns revisionistas históricos disseminam propaganda que nega ou minimiza o Holocausto.
Derrota da Alemanha na Primeira Guerra Mundial e consequências
Nas palavras de Karl Dietrich Bracher, o Nazismo: como Hitler, foi o produto da Primeira Guerra Mundial, porém, recebeu sua forma e sua força daqueles problemas básicos da história alemã moderna que caracterizaram a difícil caminhada do movimento democrático.
 Em 1917 a Alemanha havia derrotado a Rússia, que se retira da guerra em meio à Revolução Bolchevique. Entretanto, o povo alemão também estava insatisfeito com a guerra que já durava tempo demais e havia consumido vidas demais.
Em 1918 tem início na Alemanha uma série de rebeliões populares, de trabalhadores e soldados, que, inspirados na Revolução Russa de 1917, pretendiam derrubar o governo e acabar com a guerra. Os movimentos mais fortes eram justamente os socialistas, organizados pelo grupo chamado de Spartakista ou Liga Spartacus, liderados por Rosa Luxemburgo que havia convivido com Lenin quando este morou na Alemanha. Quase simultaneamente, estouravam rebeliões de camponeses famintos no sul da Alemanha e na região da Bavária. Os comunistas quase tomaram o poder em janeiro de 1919. Entretanto durante todo o período 1917-1919 a ameaça da insurreição era constante e a elite temia que uma revolução popular pudesse acontecer a qualquer momento.
Apesar da guerra no front ocidental estar tecnicamente empatada, a entrada dos Estados Unidos a favor da Inglaterra e da França em 1917, começava a mudar a guerra contra a Alemanha. A elite alemã toma uma decisão desesperada: aceita um acordo de paz desfavorável para não correr o risco de ver uma revolução comunista na Alemanha.
Na década de 1920 os nazistas se levantam como novo bastião contra os socialistas e se utilizam do discurso anticomunista para conseguir doações dos banqueiros e industriais alemães para suas campanhas eleitorais. O Partido Nazista tinha assim dois grandes desafios político-ideológicos: explicar a derrota de um povo teoricamente superior e ao mesmo tempo conseguir um encontrar um culpado que não fossem os banqueiros alemães que agora financiavam as campanhas eleitorais do partido Nazista. Hitler construiu a solução na obra "Minha Luta", que refinou posteriormente em outros escritos do Partido Nazi. A solução era simples: Hitler argumentou que a Alemanha havia sido derrotada por uma grande conspiração internacional de judeus. Hitler criou uma maléfica e terrível conspiração de judeus de diferentes países (banqueiros judeus na Inglaterra e na França, associados com judeus comunistas na Rússia), que se uniram para derrotar a Alemanha. Hitler conseguiu com uma só teoria, explicar a derrota na Primeira Guerra Mundial.
A maior parte dos judeus que tinha condições econômicas suficientes, deixou a Alemanha quando Hitler tomou o poder em 1933-1934, logo são inciadas as primeiras perseguições generalizadas de judeus. Entretanto, a maior parte deles se sentiam mais alemães do que judeus e acreditavam que podiam convencer o restante da Alemanha disso. E a perseguição começou aos poucos, em 1933-1934, com a caça aos "judeus comunistas", acusados de provocar o incêndio no Reichstag. Isto permitiu à Hitler eliminar o principal partido de oposição (oPartido Comunista Alemão), prender e mandar matar os líderes sindicais e impor sua ditadura. Na sequência a "depuração" da sociedade alemã (como os nazistas denominavam este processo de limpeza étnica), continuou com a prisão dos judeus nos campos de trabalho forçado.
Somando-se os judeus residentes na Alemanha, mais os que residiam nos países que foram ocupados pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial (Polônia, Tchecoslováquia, Áustria), mais ciganos, homossexuais e um número incontável de presos políticos, comunistas, anarquistas e sindicalistas em geral, foram mortos entre 5 e 6 milhões de pessoas, apenas nos Campos de Concentração.
O Programa de 25 pontos do NSDAP
O "Programa de 25 pontos", oficialmente "Programa de 25 pontos do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães" (em alemãoDas 25-Punkte-Programm der Nationalsozialistischen Deutschen Arbeiterpartei) é o nome dado ao programa político do Partido dos Trabalhadores Alemães (DAP), tal como foi proclamado em 24 de fevereiro de 1920, em Munique, por Adolf Hitler. O programa foi aprovado por uma audiência de 2.000 pessoas (segundo a descrição de Hitler em Mein Kampf) na [[[Hofbräuhaus am Platzl|Hofbräuhaus]], uma das maiores cervejarias da cidade.
Em 8 de agosto do mesmo ano, o DAP passou a se chamar Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, mantendo o mesmo programa, cujo conteúdo é o seguinte: "Nós pedimos a constituição de uma Grande Alemanha, que reúna todos os alemães, baseados no direito à auto-determinação dos povos.
1.   Pedimos igualdade de direitos para o Povo Alemão em relação às outras nações e a revogação doTratado de Versalhes e do Tratado de Saint Germain.
2.   Pedimos terras e colônias para nutrir o nosso povo e reabsorver a nossa população.
3.   Só os cidadãos gozam de direitos cívicos. Para ser cidadão, é necessário ser de sangue alemão. A confissão religiosa pouco importa. Nenhum judeu, porém, pode ser cidadão.
4.   Os não cidadãos só podem viver na Alemanha como hóspedes, e terão de submeter-se à legislação sobre os estrangeiros.
5.   O direito de fixar a orientação e as leis do Estado é reservado unicamente aos cidadãos. Por isso pedimos que todas as funções públicas, seja qual for a sua natureza, não possam ser exercidas senão por cidadãos. Nós combatemos a prática parlamentar, origem da corrupção, de atribuição de lugares por relações de Partido sem importar o caráter ou a capacidade.
6.   Pedimos que o Estado se comprometa a proporcionar meios de vida a todos os cidadãos. Se o país não puder alimentar toda a população, os não cidadãos devem ser expulsos do Reich.
7.   É necessário impedir novas imigrações de não-alemães. Pedimos que todos os não-alemães estabelecidos no Reich depois de 2 de Agosto de 1914, sejam imediatamente obrigados a deixar o Reich.
8.   Todos os cidadãos têm os mesmos direitos e os mesmos deveres.
9.   O primeiro dever do cidadão é trabalhar, física ou intelectualmente. A atividade do indivíduo não deve prejudicar os interesses do coletivo, mas integrar-se dentro desta e para bem de todos. É por isso que pedimos:
10. A supressão do rendimento dos ociosos e dos que levam uma vida fácil, a supressão da escravidão dojuro.
11. Considerando os enormes sacrifícios de vidas e de dinheiro que qualquer guerra exige do povo, o enriquecimento pessoal com a guerra deve ser estigmatizado como um crime contra o povo. Pedimos por isso o confisco de todos os lucros de guerra, sem exceção.
12. Pedimos a nacionalização de todas as empresas que atualmente pertencem a trusts.
13. Pedimos uma participação nos lucros das grandes empresas.
14. Pedimos um aumento substancial das pensões de reforma.
15. Pedimos a criação e proteção de uma classe média sã, a entrega imediata das grandes lojas à administração comunal e o seu aluguer aos pequenos comerciantes a baixo preço. Deve ser dado prioridade aos pequenos comerciantes e industriais nos fornecimentos ao Estado, aos Länder ou aos municípios.
16. Pedimos uma reforma agrária adaptada às nossas necessidades nacionais, a promulgação de uma lei que permite a expropriação, sem indemnização, de terrenos para fins de utilidade pública – a supressão de impostos sobre os terrenos e a extinção da especulação fundiária.
17. Pedimos uma luta sem tréguas contra todos os que, pelas suas atividades, prejudicam o interesse nacional. Criminosos de direito comum, traficantes, agiotas, etc., devem ser punidos com a pena de morte, sem consideração de credo religioso ou raça.
18. Pedimos que o Direito romano seja substituído por um direito público alemão, pois o primeiro é servidor de uma concepção materialista do mundo.
19. A extensão da nossa infra-estrutura escolar deve permitir a todos os Alemães bem dotados e trabalhadores o acesso a uma educação superior, e através dela os lugares de direção. Os programas de todos os estabelecimentos de ensino devem ser adaptados às necessidades da vida prática. O espírito nacional deve ser incutido na escola a partir da idade da razão. Pedimos que o Estado suporte os encargos da instituição superior dos filhos excepcionalmente dotados de pais pobres, qualquer que seja a sua profissão ou classe social
20. O Estado deve preocupar-se por melhorar a saúde pública mediante a proteção da mãe e dos filhos, a introdução de meios idôneos para desenvolver as aptidões físicas pela obrigação legal de praticardesporto e ginástica, e mediante um apoio poderoso a todas as associações que tenham por objetivo a educação física da juventude.
21. Pedimos a supressão do exército de mercenários e a criação de um exército nacional.
22. Pedimos a luta pela lei contra a mentira política consciente e a sua propagação por meio da Imprensa. Para que se torne possível a criação de uma imprensa alemã, pedimos que:
1.  Todos os diretores e colaboradores de jornais em língua alemã sejam cidadãos alemães.
2.  A difusão dos jornais não-alemães seja submetida a autorização expressa. Estes jornais não podem ser impressos em língua alemã.
3.  Seja proibida por lei qualquer participação financeira ou de qualquer influência de não-alemães em jornais alemães. Pedimos que qualquer infração estas medidas seja sancionada com o encerramento das empresas de impressão culpadas, bem como pela expulsão imediata para fora do Reich os não-alemães responsáveis. Os jornais que forem contra o interesse público devem ser proibidos. Pedimos que se combata peã lei um ensino literário e artístico gerador da desagregação da nossa vida nacional; e o encerramento das organizações que contrariem as medidas anteriores.
23. Pedimos a liberdade no seio do Estado para todas as confissões religiosas, na medida em que não ponham em perigo a existência do Estado ou não ofendam o sentimento moral da raça germânica. O Partido, como tal, defende o ponto de vista de um cristianismo positivo, sem todavia se ligar a uma confissão precisa. Combate o espírito judaico-materialista no interior e no exterior e está convencido de que a restauração duradoura do nosso povo não pode conseguir-se senão partindo do interior e com base no princípio: o interesse geral sobrepõe-se ao interesse particular.
24. Para levar tudo isso a bom termo, pedimos a criação de um poder central forte, a autoridade absoluta do gabinete político sobre a totalidade do Reich e as suas organizações, a criação de câmaras profissionais e de organismos municipais encarregados da realização dos diferentes Länder, de leis e bases promulgadas pelo Reich.
Os dirigentes do Partido prometem envidar todos os seus esforços para a realização dos pontos antes enumerados, sacrificando, se for preciso, a sua própria vida.
A essência do Nazismo: totalitarismo e racismo
A essência do fascismo e do nazismo está no totalitarismo, especificamente na noção de controle totalitário, ou seja, na ideia de que o Estado, e em última instância o chefe-de-Estado (no caso da Alemanha o Führer), deveria controlar tudo e todos. Para isso a homogeneização da sociedade é fundamental. As formas de controle social em regimes totalitários geralmente envolvem o uso e exacerbação do medo a um grau extremo. Todos passam a vigiar a todos e todos se sentem vigiados e intimidados. Cada indivíduo passa a ser "os olhos e ouvidos" doFührer no processo de construção de uma sociedade totalitária.21 Neste processo de homogeneização totalitária, os inúmeros festivais, atividades cívicas, com mobilização das massas nas ruas foram determinantes. 
Para controlar tudo e todos, o nazismo instigava e exacerbava ao extremo o nacionalista, geralmente associado às rivalidades com outros países suposta ou realmente ameaçadores. A ideia de um inimigo externo extremamente poderoso é funcional unir a sociedade contra o "inimigo comum". O medo de um inimigo externo é funcional para aglutinar socialmente povos que até pouco tempo não se identificavam enquanto uma só nação, como foram os casos de países unificados apenas no século XIX (Alemanha e Itália). Como Freud havia demonstrado, a necessidade da criação artificial da identidade em grupos sociais pode levar à homogeneização forçada destes, e a existência de membros diferentes no grupo é desestabilizadora, o que leva o grupo a tentar eliminá-lo.. Tão relevante é esta explicação para entender o fenômeno do fascismo e do nazismo, que as obras de Freud estiveram entre as primeiras a serem queimadas nas famosas queimas de livros organizadas pelo Partido Nazista em 1933 e 1934.
Entretanto, era necessário algo mais, além do medo de um inimigo externo, para conseguir atingir o ultra-nacionalismo e o totalitarismo. Era funcional criar inimigos internos, sorrateiros, subterrâneos, conspiratórios. Nofascismo, o papel de 'inimigo sorrateiro' é destinado ao comunismo e aos comunistas como um todo. Já o nazismo acrescenta ao rol de inimigos - em que já estava incluído o comunismo - algumas minorias étnico-religiosas: os judeus, em um primeiro momento, e depois os ciganos e os povos eslavos (já durante a Segunda Guerra Mundial). A partir disto é que se torna central o segundo pilar do nazismo - a ideologia da superioridade racial ariana.
(continua na parte 2)
 

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