sábado, 26 de outubro de 2013

A IGREJA CATÓLICA E NAZISMO










NAZISMO
O papel da ideologia da superioridade racial no Nazismo (parte 2)

Selo com a estampa de Hitler

Selo que engrandece o trabalhador nazista
Hitler e a obra Mein Kampf
De acordo com o livro Mein Kampf ("Minha Luta"); Hitler desenvolveu as suas teorias políticas pela observação cuidadosa das políticas do Império Austro-Húngaro. Ele nasceu como cidadão do Império e acreditava que a sua diversidade étnica e linguística o enfraquecera. Também via a democraciacomo uma força desestabilizadora, porque colocava o poder nas mãos das minorias étnicas, que tinham incentivo para enfraquecer e desestabilizar mais o Império, diferentemente da ditadura, que colocava o poder nas mãos de indivíduos restritos e intelectualmente favoráveis.
O nazismo defende que uma nação é a máxima criação de uma raça. Consequentemente, as grandes nações (literalmente, nações grandes) seriam a criação de grandes raças. A teoria diz que as grandes nações alcançam tal nível devido seu poderio militar e intelectual e que estes, por sua vez, se originam em culturas racionais e civilizadas, que, por sua vez ainda, são criadas por raças com boa saúde natural e traços agressivos, inteligentes e corajosos.
As nações mais fracas seriam então aquelas criadas por raças impuras, isto é, que não apresentam a totalidade de indivíduos de origem única.
De acordo com os nazistas, um erro óbvio deste tipo é permitir ou encorajar múltiplas línguas dentro de uma nação. Esta crença é o motivo pelo qual os nazistas alemães estavam tão preocupados com a unificação dos territóriosdos povos de língua alemã.
Nações incapazes de defender as suas fronteiras, diziam, seriam a criação de raças fracas ou escravas. Defendiam eles que as raças escravas eram menos dignas de existir do que as raças-mestras. Em particular, se uma raça-mestra necessitar de um Espaço vital (Lebensraum) para viver, teria ela o direito de tomar o território das raças fracas para si.
Trata-se de uma teoria originalmente concebida pelo geógrafo alemão Friedrich Ratzel, que propôs umaAntropogeografia, como um ramo da geografia humana, como o espaço de vida dos grupamento humanos. Ao sistematizar os conhecimentos políticos aplicados pela geografia, Ratzel contribuiu decisivamente para o surgimento da geografia política, que no início do século XX foi acrescida do termo geopolítica (este cunhado por Rudolf Kjellèn).
Friedrich Ratzel visitou a América do Norte no início de 1873 e se impressionou com a doutrina do Destino Manifesto nos EUA. Ratzel simpatizava com os resultados do "Destino Manifesto", mas ele nunca usou o termo. Em vez disso, ele contou com a Tese da Fronteira de Frederick Jackson Turner. Ratzel promoveu colônias ultramarinas para a Alemanha, na Ásia e África, mas não uma expansão em terras eslavas. Depois alguns alemães reinterpretaram Ratzel para defender o direito do raça alemã de expandir na Europa, essa noção foi mais tarde incorporada na ideologia nazista. Harriet Wanklyn argumenta que que os políticos distorceram a teoria de Ratzel para objetivos políticos.
Raças sem pátria eram, portanto, consideradas "raças parasíticas". Quanto mais ricos fossem os membros da "raça parasítica" mais virulento seria o parasitismo. Uma raça-mestra podia, portanto, de acordo com a doutrina nazista, endireitar-se facilmente pela eliminação das "raças parasíticas" da sua pátria.
Foi esta a justificativa teórica para a opressão e eliminação dos judeusciganoseslavos e homossexuais, um dever que muitos nazis consideravam repugnante, tendo eles como prioridade a consolidação do estado ariano.
As religiões que reconhecessem e ensinassem estas "verdades" eram as religiões "verdadeiras" ou "mestras" porque criavam liderança por evitarem as "mentiras reconfortantes". As que pregassem o amor e a tolerância, "em contradição com os fatos", eram chamadas religiões "escravas" ou "falsas".
Os homens que aceitassem estas "verdades" eram chamados "líderes naturais"; os que as rejeitassem eram chamados "escravos naturais". Dizia-se dos escravos, especialmente dos inteligentes, que embaraçavam os mestres pela promoção de falsas doutrinas religiosas e políticas.
Apropriações filosóficos de Nietzsche pelo Nazismo
Se bem que a raça fosse um fator crucial na visão do mundo dos nazistas, as raízes ideológicas do nazismo iam um pouco mais fundo. Os nazistas procuraram legitimação em obras anteriores, particularmente numa leitura, por muitos considerada discutível, da tradição romântica do século XIX, em especial do pensamento de Friedrich Nietzsche sobre o desenvolvimento do homem em direcção ao Übermensch.
No seu livro de 1939, Alemanha:Jekyll & HydeSebastian Haffner chama ao Nazismo de "uma primeira (autónoma e nova) forma de Niilismo radical, que nega simultaneamente todos os valores, sejam eles valores capitalistas e burgueses ou sejam eles proletários". É bem verdade que este ponto de vista acaba por desconsiderar o projecto de crescimento industrial e de manutenção da ordem social estabelecida, como se percebe na Alemanha sob poder nazista, e um repúdio seletivo a elementos da "cultura burguesa tipicamente inglesa", e não apenas burguesa (visto o repúdio aos judeus, parte visível da burguesia na época).
Teoria econômica
O nazismo também defendia uma forte intervenção do Estado na economia para manter o capitalismo e evitar uma crise mais profunda que permitisse a ascensão dos comunistas como havia acontecido na Rússia em 1917 e quase aconteceu na Alemanha em 1918. Desta forma, o nazismo pode ser considerado uma ideologia contrária ao livre mercado e ao liberalismo econômico. É relevante ressaltar que após a Primeira Guerra Mundial, mas especialmente após a Crise de 1929 a maior parte dos novos movimentos políticos assumiram um discurso antiliberal, tanto no plano político como no econômico, e isto inclui desde grupos conservadores, passando por grupos moderados e defensores da democracia e da intervenção do Estado na Economia como keynesianos e social-democratas, até movimentosrevolucionários anticapitalistas socialistas ou comunistas.
Alguns economistas reconhecem que tanto a Alemanha de Hitler, como os Estados Unidos e a Inglaterra, só se recuperaram economicamente da Crise de 1929 quando implementaram políticas fortemente intervencionistas, associadas a uma acelerada militarização da sociedade e da economia. Esta militarização da economia se traduziu no direcionamento de vários setores da indústria para atender as enormes encomendas militares, além do fim do desemprego pelo recrutamento de soldados.
Socialismo e nazismo
A generalidade da esquerda rejeita que o nazismo tenha sido de fato socialista, apontando para a existência, ainda antes da tomada do poder por Hitler, de uma resistência comunista e socialista ao nazismo, para o carácter internacionalista do socialismo, totalmente oposto à teoria e prática nazista, e a manutenção, pelos nazistas, de toda a estrutura capitalista da economia alemã, limitada apenas pelas condicionantes de umaeconomia de guerra e pela abordagem àquilo a que os nazistas chamavam a questão judia. Porém esta questão é controversa, com alguns autores a referirem-se ao nazismo como uma forma de socialismo, apontando para a designação do partido, para alguma da retórica nazista e para a estatização da sociedadeLudwig von Misesargumenta, por exemplo: "O governo diz a estes supostos empreendedores o que e como produzir, a quais preços e de quem comprar, a quais preços e a quem vender … A autoridade, não os consumidores, direciona a produção … todos os cidadãos não são nada mais que funcionários públicos. Isto é socialismo com a aparência externa de capitalismo". O próprio Hitler chegou a afirmar, em um de seus discursos, que o nacional-socialismo era socialista não na forma tradicional de socialismo, mas sim interpretando o socialismo como "exaltação do social".
O Anticapitalismo Nazista
Os nazistas acreditam que o capitalismo causava danos às Nações pelo contrôle das finanças internacionais, o domínio econômico das grandes empresas e da influência do judeus. Cartazes de propaganda nazista nos bairros de classe populares exaltavam o anticapitalismo. Em uma delas estava escrito: Manter um sistema industrial podre não tem nada a ver com nacionalismo. Eu posso amar a Alemanha e odiar o capitalismo.
Hitler expressava, tanto em público como em privado, um profundo desprezo para o capitalismo, acusando-o de tomar reféns as Nações para beneficiar os interesses de uma classe rentista de "parasitas cosmopolitas". Ele era contra a economia de mercado e a busca desenfreada do lucro, e queria uma economia que respeitasse o interesse público. Ele não confiava no capitalismo por causa de sua natureza egoísta, e ele preferiu umaeconomia planificada sujeito aos interesses do povo. Hitler declarou em 1934, em um quadro do partido que "o sistema econômico contemporâneo fora a criação pelos judeus".
Hitler confidenciou um dia para Benito Mussolini que "o capitalismo tem [tinha] passado o seu tempo". Hitler também acreditava que a classe empresarial "não queria outra coisa que não sejam lucros e a Patria não significava nada para eles". Hitler considerava Napoleão como um modelo para o seu comportamento anti-conservador, anti-capitalista e anti-burgues.
Em seu Mein Kampf, Hitler mostra o seu compromisso com o mercantilismo, ele acreditava que os recursos económicos ligados a um território tinham que ser requisitado pela força. Ele acreditava na aplicação do conceito de espaço vital para trazer estes territórios valioso para a economia alemã. Ele pensava que a única maneira de manter a segurança econômica era ter controle direto sobre recursos, em vez de depender de comércio internacional. Ele afirmou que a guerra era a única maneira para ganhar esses recursos e o única modo de derrotar o sistema econômico capitalista em declínio. Um número de nazistas tinham profundas convicções socialistas e anti-capitalistas, em, particular, Ernst Röhm, o líder da Sturmabteilung (SA). Röhm alegou que os nazistas chegaram ao poder constituíndo uma revolução nacional, mas ele declarou enfaticamente que uma "segunda revolução socialista" era necessária para a ideologia nazista fosse completada. Outra nazista de alta patente, o ministro da Propaganda Joseph Goebbels, afirmou categoricamente o caráter socialista do nazismo, ao escrever em seu diário que se ele tinha que escolher entre obolchevismo e o capitalismo, "seria melhor para nós para ir para baixo com o bolchevismo do que viver na escravidão eterna do capitalismo.
A política econômica
teoria econômica nazista preocupou-se com os assuntos domésticos imediatos e, em separado, com as concepções ideológicas da economia internacional.
A política econômica doméstica concentrou-se em três objetivos principais:
eliminação do desemprego
eliminação da hiperinflação
expansão da produção de bens de consumo para melhorar o nível de vida das classes média e baixa
Todos estes objetivos pretendiam contrariar aquilo que era visto como os defeitos da República de Weimar e para solidificar o apoio doméstico ao partido. Nisto, os nazistas foram bastante bem sucedidos. Entre 1933 e1936 o PIB alemão cresceu a uma taxa média anual de 9,5%, e a taxa de crescimento da indústria foi de 17,2%. Alguns economistas defendem que a expansão da economia alemã nesse período não foi resultado da ação do partido nazista, mas sim uma consequência das políticas econômicas dos últimos anos da República de Weimar que começaram então a ter efeito. Tal ponto de vista é contestado visto que pouquíssimo se fez para a manutenção da economia, chegando Hugenberg a afirmar que a política ao seu alcance era uma política que não pretende lutar contra a miséria, mas aprender a conviver lado-a-lado com ela.
Vale ainda ressaltar que não existem dúvidas se a economia realmente cresceu ou se só se recuperou dadepressão, visto que apesar de os salários na Alemanha nazista de 1939 serem um pouco menores do que os salários na Alemanha de 1929, a inflação controlada proporcionou um aumento incrível no valor da moeda, o que significa que um marco de 1929 valia muito menos do que um marco de 1939.
Esta expansão empurrou a economia alemã para fora de uma profunda depressão e para o pleno emprego em menos de quatro anos. O consumo público durante o mesmo período aumentou 18,7%, enquanto que o consumo privado aumentou 3,6% anualmente. No entanto, e uma vez que a produção era mais consumidora do queprodutora (a elaboração de projetos de trabalho, a expansão da máquina de guerra, a iniciação do recrutamento para tirar homens em idade produtiva do mercado de trabalho), as pressões inflacionárias reapareceram, se bem que não chegassem a um nível comparável ao da República de Weimar. Estas pressões econômicas, combinadas com a máquina de guerra azeitada durante a expansão (e as concomitantes pressões para o seu uso), levou alguns comentadores à conclusão de que bastavam essas razões para tornar uma guerra europeia inevitável. Dito de outra forma, sem uma nova guerra europeia, que suportasse esta política econômica consumista e inflacionária, o programa econômico doméstico nazista era insustentável. Isto não significa que as considerações políticas não tivessem tido maior peso no desencadear da Segunda Guerra Mundial. Significa apenas que a economia foi e continua a ser um dos principais fatores de motivação para que qualquersociedade vá para a guerra.
O partido nazista acreditava que uma cabala da banca internacional tinha estado por trás da depressão global dos anos 1930. O controle desta cabala foi identificado com os judeus, o que forneceu outra ligação à sua motivação ideológica para o holocausto. De uma maneira geral, a existência de grandes organizações internacionais da banca e de banca mercantil era bem conhecida ao tempo. Muitas dessas instituições bancárias eram capazes de exercer pressões sobre os estados-nações através da extensão ou da retenção de créditos. Esta influência não se limita aos pequenos estados que precederam a criação do Império Alemão enquanto estado-nação na década de 1870, mas surge nas histórias de todas as potências europeias desde 1500. Na realidade, algumas corporações trans-nacionais do período entre 1500 e 1800 (a Companhia Holandesa das Índias Orientais é um bom exemplo) foram criadas especificamente para entrar em guerras no lugar dos governos e não o inverso.
Usando mais nomenclatura moderna, ainda que fazê-lo possa ser algo discutível, é possível dizer que o partido nazista estava contra o poder das corporações trans-nacionais, que considerava excessivo em relação ao dos estados-nação. Embora por motivos por vezes opostos, esta posição anticorporativa é partilhada por muitas forças políticas desde a esquerda e centro-esquerda, até a extrema-direita.
É importante fazer notar que a concepção nazista da economia internacional era muito limitada. A principal motivação do partido era incorporar no Reich recursos que anteriormente não faziam parte dele, pela força e não através do comércio. Isto fez da teoria económica internacional um fator de suporte da ideologia política em vez de uma trave mestra da plataforma política, como acontece na maioria dos partidos políticos modernos.
Do ponto de vista econômico, o nazismo e o fascismo estão relacionados. O nazismo pode ser encarado como um subconjunto do fascismo - todos os nazistas são fascistas mas nem todos os fascistas são nazistas. O nazismo partilha muitas características econômicas com o fascismo, com o controle governamental da finança e do investimento (através da atribuição de créditos), da indústria e da agricultura, ao mesmo tempo que o poder corporativo e sistemas baseados no mercado para criar os preços se mantinham. Citando Benito Mussolini: "O fascismo devia ser chamado corporativismo, porque é uma fusão do Estado e do poder corporativo."
Em vez de ser o estado a requerer bens das empresas industriais e a colocar nelas as matérias-primas necessárias à produção (como em sistemas socialistas/comunistas), o estado pagava por esses bens. Isto permitia que o preço desempenhasse um papel essencial no fornecimento de informação sobre a escassez dos materiais, ou nas principais necessidades em tecnologia e mão-de-obra (incluindo a educação de mão-de-obra qualificada) para a produção de bens. Além disso, o papel que os sindicatos deviam desempenhar nas relações de trabalho nas empresas era outro ponto de contacto entre fascismo e nazismo. Tanto o partido nazista alemão como o partido fascista italiano tiveram inícios ligados ao sindicalismo, e encaravam o controle estatal como forma de eliminar o conflito nas relações laborais.
Nazismo e romantismo
De acordo com Bertrand Russell, o nazismo provém de uma tradição diferente quer do capitalismo liberal quer docomunismo. E por isso, para entender os valores do nazismo, é necessário explorar esta ligação, sem trivializar o movimento tal como ele era no seu auge, nos anos 1930, e o descartar como pouco mais que racismo.
Muitos historiadores dizem que o elemento anti-semítico, que também existe nos movimentos-irmãos do nazismo, os fascismos de Itália e Espanha (mesmo que em formas e medidas diferentes), foi adaptado por Hitler para obter popularidade para o seu movimento. O preconceito anti-semita era muito comum no mundo ocidental. Por isso, diz-se que a aceitação das massas dependia do anti-semitismo e da exaltação do orgulho alemão, ferido com a derrota na Primeira Guerra Mundial.
Mas há quem diga (por exemplo o filólogo Victor Klemperer) que as origens e os valores do nazismo provém da tradição irracionalista do movimento romântico do início do século XIX.
O historiador e escritor Joachim Fest vai além, mostrando que o anti-semitismo é fruto não de doutrinas atuais, mas sim de tempos remotos. De fato, traços anti-semíticos são observados desde o Império Romano.
Efeitos

Na condição de escravos do nazismo, Judeus e outros perseguidos políticos no campo de concentração de Wobbelin foram libertados pelos Aliados
Estas teorias foram utilizadas para justificar uma agenda política totalitária de ódio racial e de supressão da dissidência com o uso de todos os meios do estado.
Como outros regimes fascistas, o regime nazista punha ênfase noanticomunismo e no princípio do líder (Führerprinzip). Este é um princípio-chave na ideologia fascista, segundo o qual se considera o líder como a corporização do movimento e da nação. Ao contrário de outras ideologias fascistas, o nazismo era virulentamente racista. Algumas das manifestações do racismo nazista foram:
Anti-semitismo, que culminou no Holocausto;
Nacionalismo étnico, incluindo a noção dos alemães como o Herrenvolk("raça-mestra") e o Übermensch ("super-homem");
Uma crença na necessidade de purificar a "raça alemã" através daeugenia, que culminou na eutanásia não-voluntária de pessoas diminuídas.
anticlericalismo faz parte da ideologia nazista, o que é mais um ponto de divergência com outros fascismos.
Efeitos secundários
Talvez o efeito intelectual mais importante do nazismo tenha sido o descrédito, durante pelo menos duasgerações, das tentativas de utilizar a sociobiologia para explicar ou influenciar assuntos sociais.
Pessoas e história
O nazista mais importante foi Adolf Hitler, que governou a Alemanha Nazi entre 30 de Janeiro de 1933 até ao seusuicídio a 30 de Abril de 1945, levou o Reich alemão à Segunda Guerra Mundial. Com Hitler, o nacionalismo étnico e o racismo juntaram-se numa ideologia militarista.
Depois da guerra, muitos nazis de primeiro plano foram condenados por crimes de guerra e contra a humanidade no Julgamento de Nuremberg.
O símbolo nazista é a suástica orientada no sentido dos ponteiros do relógio, sendo desenhada em um plano 5x5.
Nazismo e religião

Estado deplorável de Judeus e outros contrários ao nazismo, no final da guerra. Campo de concentração de Buchenwald
As relações iniciais entre o nazismo e o cristianismo podem ser descritas como complexas e controversas. Nas igrejas protestantes a revolução nazista foi no início acolhida com "benévola simpatia".Tendo o nazismo procurado identificar-se com o patriotismo alemão, algumas personalidades protestantes, como o Dr. Martin Niemöller, votaram inicialmente a favor dos nacionais socialistas. Em julho de 1933, os representantes das igrejas protestantes alemães escreveram uma constituição para a criação de umaIgreja do Reich, criada a partir da fusão das 28 igrejas luteranas e reformistas alemães, que englobavam em torno de 48 milhões de adeptos, e era considerada a "igreja oficial" do regime.
Desde o início, foi diferente a atitude dos católicos, alarmados pelo conteúdo racista dos livros "Minha Luta" de Adolf Hitler e "O Mito do Século XX" de Alfred Rosenberg. Nesses livros, os arianos surgem como os elementos superiores da humanidade, defendendo-se a pureza racial ariana como a primeira necessidade dos alemães. Contrapunham os católicos que a destruição de barreiras entre judeus e gentílicos pertence à própria essência do Evangelho e que o racismo não tem cabimento na igreja cristã. Quando Hitler aceitou uma Concordata com o Vaticano, houve alguns católicos que ainda hesitaram. Os três inimigos mortais da Alemanha, tal como os nazistas afirmavam na sua propaganda interna, eram porém claramente identificados: marxismo, judaísmo, e cristianismo. A "incompatibilidade fundamental do nacional-socialismo com a religião cristã era manifesta",passando todos os cristãos, tanto protestantes como católicos, ao ataque sistemático ao nazismo.
Apesar disso, as relações do Partido Nazista com a Igreja Católica tem sido apresentada por alguns autores[carece de fontes] como controversa. Argumentam não saber se Hitler se considerava, ou não, cristão, e que a hierarquia da Igreja, representada pelo Papa Pio XI, se teria mantido basicamente silenciosa. A existência de um Ministério de Assuntos da Igreja, instituído em 1935 e liderado por Hanns Kerrl, teria sido quase ignorada por ideólogos como Alfred Rosenberg e por outros decisores políticos.
Hitler e os outros líderes nazistas procuraram utilizar o simbolismo e a emoção cristã para propaganda junto do público alemão, esmagadoramente cristão. Enquanto que autores não-cristãos puseram ênfase na utilização externa da doutrina cristã, sem dar importância ao que poderia ter sido a mitologia interna do partido, os cristãos, baseando-se nos livros dos chefes nazis, e nos folhetos de propaganda que estes lançavam contra o cristianismo, tipificaram Hitler como ateu ou ocultista — ou mesmo um satanista.
Declarações públicas e oficiais produzidas por autoridades católicas sobre o nazismo, existem pelo menos desde o ano de 1930, bem antes da chegada de Hitler ao poder, quando o Ordinário de Mogúncia, em nome do seu bispo, declarou: "O que acabamos de dizer (sobre o nazismo), responde às três perguntas que nos foram postas: a) Pode um católico ser membro do partido hitleriano? b) Está um sacerdote católico autorizado a consentir que os adeptos desse partido tomem parte em cerimónias eclesiásticas, incluindo funerais? c) Pode um católico fiel aos princípios do partido ser abrangido pelos sacramentos? Devemos responder "Não" a tais perguntas" O Papa Pio XI sabia do que se passava na Alemanha e escreveu vários documentos condenando o nazismo, com destaque para a encíclica de condenação do Nazismo - Mit brennender sorge ("Com viva preocupação"). Muitos padres e líderes católicos opuseram-se com todo o vigor ao nazismo, dizendo que ele era incompatível com a moral e a fé cristã. Tal como aconteceu com muitos opositores políticos, muitos destes padres foram condenados aos campos de concentração pela sua oposição. O próprio Dr. Martin Niemöller, que a princípio lhes dera apoio, foi enviado para Dachau. O ano de 1938 ficou assinalado pela anexação da Áustria, imediatamente seguida pelo assalto aos bens e à influência da Igreja; os cardeais Innitzer e Faulhaber, bem como o arcebispo Grober e o bispo Sproll foram vítimas de violências organizadas pelas "kochende Volksseele".
No mesmo ano de 1938, o neo-paganismo romântico gerado pela acção dos responsáveis e órgãos nazis, vai entrar abertamente em ruptura com as igrejas cristãs, protestantes e católica.
Nazismo e Paganismo
Foi por intermédio do nazismo que se deu no século XX a mais importante manifestação do paganismo. Uma denuncia da componente pagã do nazismo surgiu nos Estados Unidos, em 1934, logo após a vitória eleitoral e a subida ao poder de Adolf Hitler, como o livro "Nazismo: um assalto à civilização". Nesse livro se chamava a atenção para algo que se considerava inquietante: no dia 30 de Julho de 1933 mais de cem mil nazistas tinham-se reunido em Eisenach para declarar querer tornar "a origem germânica a realidade divina", restaurando Odin,BaldurFreia, e os outros deuses teutónicos nos altares da Alemanha - Wotan deveria estar no lugar de Deus, Siegfried no lugar de Cristo.
Durante o ano de 1936, os líderes nazis começam a abandonar a "cristandade alemã" ou o que também se designava por "cristianismo positivo". É então que Goebbels apresenta o Nazismo como se fosse uma religião a ser respeitada - havia uma nova fé alemã a defender. Enquanto von Schirach tentava imbuir na Juventude Hitleriana a admiração pelas antigas tribos pagãs, o Movimento da Fé Germânica (Deutsche Glaubensbewegung, DGB) fazia o grosso da propaganda. O DGB tinha como profeta Jakob Wilhelm Hauer(1881-1962), professor de Teologia em Tübingen, que pregava a ideia de uma fé ariana dos alemães. No livroDeutsche Gottschau, Hauer defendia que a história da Alemanha era mais do que mera sequência de factos, havendo na sua base uma Divindade que encarnava o espírito da raça ariana.
A Páscoa de 1936 já foi preparada na Alemanha como se um grande festival pagão se tratasse. As livrarias encheram-se de literatura pagã, e a bandeira azul com o disco solar dourado do "Movimento da Fé Germânica" (DGB) chegou às mais recônditas zonas rurais. Uma grande manifestação foi organizada em Burg Hunxe, na Renânia. Em 1937, o Papa Pio XI publica uma Carta Encíclica de condenação do Nazismo - Mit brennender sorge ("Com viva preocupação"), onde diz: Damos graças, veneráveis irmãos, a vós, aos vossos sacerdotes e a todos os fieis que, defendendo os direitos da Divina Majestade contra um provocador neopaganismo, apoiado, desgraçadamente com frequência, por personalidades influentes, haveis cumprido e cumpris o vosso dever de cristãos.
No Congresso de Nuremberg, em 1937, revivia entre os nazistas o paganismo ancestral do povo ariano, surgindo um místico laicismo como um dos tópicos centrais em discussão: para que a Alemanha voltasse à sua antiga fé, não bastava a separação da Igreja e do Estado; as Igrejas cristãs teriam que ser destruídas, e o Estado transformado numa nova Igreja; impunha-se uma nova religião Nacional. 
O ano de 1938 veio a revelar-se como um dos pontos altos de manifestação dessa nova religião pagã. No festival nórdico do Solestício de VerãoJulius Streicher, director do Strümer e amigo pessoal de Hitler, perante uma enorme multidão de alemães reunidos em Hesselberg (montanha a qual o Fuhrer declarou sagrada), ao lado de uma grande fogueira simbólica, disse: "Se olharmos para as chamas deste fogo sagrado e nelas lançarmos os nossos pecados, poderemos baixar desta montanha com as nossas almas limpas. Não precisamos nem depadres nem de pastores".
Este neo-paganismo romântico, gerado pela ação dos responsáveis e órgãos nazistas, com destaque para, além de Goebbels, Heinrich Himmler e Reinhard Heydrich, entrava então já em clara ruptura com as igrejas cristãs,protestantes e católica. Em 1938, depois das perseguições aos judeus que vinham desde a subida ao poder de Hitler, a perseguição aos cristãos passava então também a ser sistemática.
Mais tarde, ao estudar o fenómeno totalitário, o filósofo Herbert Marcuse identifica na ideologia do nazismo várias camadas sobrepostas, considerando precisamente o paganismo, a par do misticismoracismo ebiologismo, uma das componentes essenciais da sua "camada mitológica". A perspectiva de Marcuse foi partilhada pela "Escola de Frankfurt", especialmente por Max Horkheimer e Erich Fromm. Segundo Paul Tillich, no paganismo do nazismo estava o elemento essencial que explicava o seu anti-semitismo, no enfoque colocado nos "laços de sangue arianos". Para Emmanuel Levinas, o Nazismo apresentava uma forma de religiosidade pagã que se opunha a toda uma civilização monoteísta. 
Vítimas religiosas

Corpos de prisioneiros dos nazistas encontrados pelas tropas americanas em Weimar,Alemanha
Chama-se a atenção também para o facto de as Testemunhas de Jeová terem sido vítimas por opção. "A guerra nazista contra os judeus visava à sua aniquilação e os deixou com poucas opções para escapar", explicou o Dr. Abraham J. Peck, Diretor Executivo do Museu do Holocausto de Houston,Texas, EUA. "A perseguição nazista contra as Testemunhas de Jeová visava a erradicação da religião. Por conseguinte, as Testemunhas de Jeová recebiam dos nazistas a oferta de liberdade, caso renunciassem à sua . A maioria das Testemunhas preferiu sofrer e enfrentar a morte junto com as outras vítimas do nazismo a apoiar a ideologia nazista de ódio e violência." Como judeu polonês, o Dr. Ben Abraham, agora Vice-presidente daAssociação Mundial dos Sobreviventes do Nazismo, passou cinco anos e meio em campos de concentração onde conheceu pessoalmente várias Testemunhas de Jeová. Ele disse: "A diferença entre as Testemunhas e todos os outros prisioneiros é que, se renunciassem à sua fé e se comprometessem a denunciar os outros que praticavam a mesma crença, seriam soltas na hora. Mas preferiam permanecer presas a renunciar à fé."
Nazismo e fascismo
O termo "nazismo" é frequentemente - mas incorretamente - usado como sinônimo de "fascismo". Ao passo que o nazismo incorporou elementos estilísticos do fascismo, as semelhanças principais entre os dois foram a ditadura, o irredentismo territorial e a teoria econômica básica. Por exemplo, Benito Mussolini, o fundador do fascismo, não adaptou o anti-semitismo até se ter aliado a Hitler, enquanto que o nazismo foi explicitamente racista desde o início. O ditador espanhol Francisco Franco, frequentemente chamado fascista, poderá talvez ser descrito como um monárquico católico reacionário que adotou pouco do fascismo para além do estilo.
Para o fim do século XX, surgiram movimentos neonazistas em vários países, incluindo os Estados Unidos e várias nações europeias. O neonazismo inclui qualquer grupo ou organização que exibe uma ligação ideológica com o nazismo. É frequentemente associado à subcultura juvenil skinhead, apesar de nem todos membros desta cultura estarem ligados à ideologia nazista. Alguns partidos políticos da orla do espectro como, nos EUA, oPartido Verde Nacional Socialista Libertário (LNSGP, ou Libertarian National Socialist Green Party), adotaram ideias nazistas.
Motivos da ascensão do nacional-socialismo
Uma questão importante sobre o nacional-socialismo tem a ver com os fatores que promoveram a sua ascensão, não só na Alemanha mas também noutros países europeus e do continente americano (podiam encontrar-se movimentos nacionais-socialistas na SuéciaGrã-BretanhaItáliaEspanhaChecoslováquiaEstados Unidos,Argentina e Chile nos anos 1920 e 30).
Estes fatores podem ter tido a ver com:
A devastação económica em toda a Europa depois da Primeira Guerra Mundial;
A falta de orientação em muitas pessoas depois da queda da monarquia em muitos países europeus;
A fama de envolvimento judaico em aproveitamentos ilegítimos com a Primeira Guerra Mundial;
A rejeição do comunismo;
A influência das comunidades de língua alemã;
As dificuldades das classes trabalhadores e a crise econômica.
O termo "nazista" na cultura popular
As atrocidades cometidas pelo regime nazista e a sua ideologia extremista tornaram o nazismo tão digno de nota na linguagem popular como na história. O termo "nazista" (no português do Brasil) ou "nazi" (no português europeu), é frequentemente utilizado para descrever grupos de pessoas que tentam impor soluções impopulares ou extremistas à população em geral, ou que cometem crimes e outros tipos de violações sobre terceiros sem mostrar remorso. Israel é um alvo comum e extremamente controverso do termo "nazista", quando aplicado ao modo que os judeus tratam os palestinianos.
Alguns dos usos do termo que se vêem na cultura popular são extremamente ofensivos. Frases como "nazista dosoftware livre" ou "feminazi" são dois exemplos de usos particularmente objetáveis. Mesmo muitos dos que mais fortemente se opõem ao movimento do Software Livre não gostam do que encaram como a trivialização dos nazistas.
O termo, usado tão frequentemente que inspirou a "lei de Godwin" que diz que "com o prolongamento de uma discussão online, a probabilidade de surgir uma comparação envolvendo os nazistas ou Hitler aproxima-se de um". Talvez esteja a acontecer o mesmo que com outras palavras ofensivas e a comunidade esteja a reclamar o termo.

Antissemitismo mancha imagem do reformador Martinho Lutero

Nos preparativos para os 500 anos da Reforma, a Igreja Evangélica da Alemanha se vê confrontada com as declarações contra os judeus feitas pelo reformador Martinho Lutero. E opta por não esconder esse lado sombrio.
Tolerância é o tema central da Igreja Evangélica da Alemanha (EKD, na sigla em alemão) ao longo deste ano e um dos principais temas a serem abordados pela igreja até 2017, quando se celebram os 500 anos da Reforma Protestante.
Mas, apesar dessa ênfase, o iniciador da Reforma, o alemão Martinho Lutero, demonstrou forte oposição à religião judaica, especialmente alguns anos antes de sua morte, em 1546.
Naquela época, Lutero chegou a pedir que ateassem fogo às sinagogas e escolas judaicas, além de afirmar que os judeus deveriam ter as casas destruídas, assim como os bens e livros religiosos apreendidos.
A teóloga Margot Kässmann, ex-presidente do Conselho da EKD, foi a mais recente especialista a apontar a contradição entre as raízes históricas e o posicionamento atual da Igreja Evangélica, cujo marco inicial são as 95 teses que – diz a lenda – Lutero afixou na parede da Igreja do Castelo de Wittenberg em 1517. Nos escritos, ele propunha uma reforma no catolicismo romano.
Kässmann escreveu um artigo no jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung, no qual disse que, com idade mais avançada, Lutero foi "um exemplo assustador do cristianismo antijudaico". A teóloga ainda enfatizou que a comemoração do aniversário da Reforma deve citar as suas conquistas sem ignorar esse lado sombrio.
Decepcionado com os judeus
Kässmann apontou contradição em artigo para um jornal
O reformista não foi sempre contra a religião judaica. De acordo com o historiador holandês Herman Johan Selderhuis, Lutero esperava que os judeus se convertessem ao cristianismo – o que não aconteceu. Para Selderhuis, a decepção foi um dos motivos para que Lutero começasse a hostilizar os judeus.
Mas ele não era o único a pregar o antijudaísmo. Também outros teólogos reformadores, bem como representantes da Igreja Católica e humanistas famosos, como Erasmo de Roterdã, ofendiam a religião judaica. Em entrevista à DW, Selderhuis afirma que Erasmo de Roterdã elogiava a França porque lá havia poucos judeus.
A convocação de Lutero para incendiar as sinagogas não surtiu efeito no século 16. Em 1938, no entanto, os nazistas adotaram a parte dos escritos de Lutero que era hostil aos judeus. Postas em perspectiva, as palavras do reformista ajudavam a justificar o que ficou conhecido como "Noite dos Cristais" (ou Reichskristallnacht) – quando inúmeras sinagogas foram incendiadas.
O historiador adverte, porém, que Lutero não pode ser visto como um dos responsáveis pelo assassinato de milhões de judeus durante o Holocausto. "É claro que, na década de 30, foi muito fácil usar o que Lutero disse e escreveu como propaganda antissemita", comenta Selderhuis, que é protestante. Ele explica que é importante distinguir entre o antijudaismo de fundo religioso de Lutero e a ideologia racista antissemita. "O antissemitismo é sobre ser contra o judeu como pessoa, contra a sua origem e a sua existência como judeu."
As declarações de Lutero voltavam-se contra a fé dos judeus. "Ele é contra a religião judaica e a recusa dos judeus de se aproximar de Cristo", aponta Selderhuis. De acordo com ele, nas palavras de Lutero não há nada que mencione a ideia de eliminar um povo inteiro.
Também Kässmann salienta que Lutero não poderia prever que suas palavras seriam usadas pelos nazistas, séculos depois.
"Sobre os judeus e suas mentiras": capa do livro de Lutero (1543)
Polêmica ainda viva
Até hoje, as declarações de Lutero sobre os judeus provocam reações diversas. O artigo de Kässmann, embaixadora das celebrações dos 500 anos da Reforma Protestante marcadas para 2017, foi muito comentado no site do jornal Frankfurter Allgemeine Zeitung.
Alguns minimizam a polêmica ou defendem Lutero, situando as colocações do reformador no contexto social do século 16. Outros dizem não compreender como a EKD pode ter um inimigo dos judeus como pilar. Um leitor escreveu que uma pessoa como Lutero não serve como fundador de uma igreja cristã que propaga o amor ao próximo.
Também Kässmann vê duas linhas nas críticas ao seu artigo. "De um lado, há aqueles que defendem que o caráter evangelista, o protestantismo de Lutero deve ser posto em primeiro plano", explica.
Mas outros se mostram decepcionados com a faceta sombria de Lutero. Ele seria não apenas um inimigo dos judeus, mas também dos turcos. Os xingamentos de Lutero contra a Igreja Católica dificultariam os avanços no ecumenismo. Os seguidores dessa posição defendem que a Igreja Evangélica se distancie de Lutero e dê o menor destaque possível às suas ideias sobre os judeus.
Para a ex-presidente do Conselho da EKD, o mais difícil é encontrar uma maneira de deixar claro que não se trata de celebrar um jubileu exclusivamente alemão e de Lutero, mas de um jubileu internacional e ecumênico da Reforma.
A teóloga ainda enfatiza que é sempre melhor reconhecer os erros do passado. E que, hoje, a Igreja Evangélica prega que um ataque aos judeus é também ataque aos protestantes.

DW.DE


 

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