Dogmas católicos
Na igreja católica
Romana,
um dogma é uma verdade absoluta, definitiva, imutável,
infalível, inquestionável e absolutamente segura sobre a qual não pode
pairar nenhuma dúvida. Uma vez proclamado solenemente, nenhum dogma pode
ser revogado ou negado, nem mesmo pelo papa ou por decisão conciliar. Por isso, os
dogmas constituem a base inalterável de toda a Doutrina católica e qualquer
católico é obrigado a aderir, aceitar e acreditar nos dogmas de uma maneira
irrevogável.
Os dogmas têm estas características porque os católicos romanos confiam que um dogma é uma
verdade que está contida, implícita ou explicitamente, na imutável Revelação divina ou que tem com
ela uma "conexão necessária". Para que estas verdades se tornem em
dogmas, elas precisam ser propostas pela igreja diretamente à sua fé e à sua doutrina, através de
uma definição solene
e infalível pelo Supremo (papa ou Concílio ecumênico com o papa) e
do posterior ensinamento destas pelo Magistério.
Dogma é uma crença ou doutrina estabelecida de uma religião, ideologia ou qualquer tipo de organização, considerada um ponto fundamental e
indiscutível de uma crença. O termo deriva do grego δόγμα, que significa "aquilo que aparenta;
opinião ou crença", por sua vez derivada do verbo δοκέω (dokeo)
que significa "pensar, supor, imaginar".
A infalibilidade papal é o dogma da teologia católica, a que afirma que o papa em comunhão com o Sagrado
Magistério, quando delibera e define (clarifica) solenemente algo em matéria
de fé ou moral (os costumes), ex cathedra, está sempre correcto. Isto porque, na clarificação
solene e definitiva destas matérias, o papa goza de assistência sobrenatural do
Espírito Santo, que o preserva de
todo o erro.
O uso da infalibilidade é restrito somente às questões e verdades
relativas à fé e à moral (costumes), que suas divinamente reveladas ou que
estão em íntima conexão com a revelação divina. Uma vez proclamadas e definidas
solenemente, estas matérias de fé e de moral transformam-se em dogmas, ou seja, em verdades imutáveis e infalíveis que qualquer católico deve
aderir aceitar e acreditar de uma maneira irrevogável. Logo, a
consequência da infalibilidade é que a definição ex catedra dos papas não pode ser revogada e é por si mesma irreformável.
As declarações de um papa em ex cathedra não devem ser
confundidas com ensinamentos que são falíveis, como uma bula. A infalibilidade papal foi longamente discutida e ensinada como
doutrina católica, tendo sido declarada um dogma na Constituição
Dogmática Pastor Aeternus, sobre o primado e infalibilidade do papa, promulgada
pelo Concílio
Vaticano I. A Constituição foi promulgada na Quarta Sessão do Concílio, em julho
de 1870, pelo papa Pio IX.
A razão da infalibilidade é a assistência sobrenatural do Espírito Santo, que preserva o supremo mestre (o papa) da igreja
de todo erro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário